O presidente-executivo da OpenAI, Sam Altman, afirmou que a expressão “inteligência artificial geral” (AGI, na sigla em inglês) perdeu utilidade diante da rápida evolução dos sistemas de IA. A declaração foi feita em entrevista à CNBC concedida na última semana.
Na conversa, Altman lembrou que a AGI costuma ser descrita como uma tecnologia capaz de executar qualquer tarefa intelectual realizada por humanos. Apesar de a OpenAI manter como objetivo o desenvolvimento de uma AGI segura e benéfica, ele observou que empresas e pesquisadores usam definições diferentes para o conceito, o que gera confusão.
“O ponto principal é que isso não importa tanto; o que realmente importa é a capacidade crescente dos modelos de IA, que serão aplicados em um número cada vez maior de áreas”, disse o executivo.
Especialistas compartilham visão crítica sobre o termo
Profissionais de ciência da computação ouvidos pela emissora concordaram com Altman. Para Nick Patience, vice-presidente do instituto The Futurum Group, a sigla funciona mais como inspiração do que como uma meta prática. Segundo ele, falar em AGI cria uma “névoa de hype” que pode ofuscar avanços mensuráveis em segmentos específicos.
Lançamento do GPT-5
Mesmo com as reservas em relação à AGI, a OpenAI apresentou recentemente o GPT-5, descrito pela companhia como seu modelo de linguagem mais avançado até o momento. A nova versão promete maior velocidade de processamento, respostas mais precisas e utilidade ampliada em atividades como produção de textos, programação e suporte na área de saúde. Parte da comunidade técnica, contudo, avalia o salto como incremental, sem transformações radicais.

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A entrevista de Altman reforça a ideia de que, para o mercado e para os responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia, discutir conceitos cada vez mais fluidos pode ter menos valor do que acompanhar resultados concretos entregues pelos sistemas de inteligência artificial.
Com informações de InfoMoney