A Broadcom, fornecedora de chips para gigantes como Alphabet e Apple, divulgou nesta quinta-feira (data do comunicado) projeção de faturamento de aproximadamente US$ 17,4 bilhões para o quarto trimestre fiscal, encerrado em outubro. O número supera a média das estimativas de analistas, que apontavam US$ 17,05 bilhões, mas fica aquém de previsões mais otimistas que passavam de US$ 18 bilhões.
O mercado chegou ao balanço com expectativas elevadas. Desde a mínima de abril, as ações da companhia mais que dobraram de valor, acrescentando cerca de US$ 730 bilhões ao valor de mercado e posicionando o papel como a terceira melhor performance do índice Nasdaq 100.
No terceiro trimestre, finalizado em 3 de agosto, a receita avançou 22%, para quase US$ 16 bilhões, enquanto o lucro ajustado somou US$ 1,69 por ação. Analistas consultados pela Bloomberg projetavam US$ 15,8 bilhões em vendas e lucro de US$ 1,67 por papel.
As vendas de semicondutores voltados a inteligência artificial atingiram US$ 5,2 bilhões, ligeiramente acima da expectativa de US$ 5,11 bilhões. Para o quarto trimestre, a Broadcom prevê que essa linha alcance US$ 6,2 bilhões; o consenso apontava US$ 5,82 bilhões.
Apesar dos números, as ações tiveram pouca variação após a divulgação. No acumulado de 2024, o papel registra alta de 32%.
O desempenho da Broadcom é acompanhado de perto em um momento de questionamentos sobre a manutenção do ritmo de gastos em tecnologia. Na semana anterior, a Nvidia, considerada referência em IA, divulgou projeção de receita abaixo do esperado, reacendendo temores de uma possível bolha no setor.
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Para reforçar sua posição em inteligência artificial, o CEO Hock Tan vem atualizando equipamentos de rede para acelerar a comunicação entre chips gráficos em data centers e busca novos contratos de semicondutores personalizados como alternativa aos processadores da Nvidia.
Além da área de IA, a Broadcom fabrica componentes de conectividade para iPhones e oferece software de virtualização voltado ao gerenciamento de redes.
Com informações de InfoMoney
