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Estudo revela perfil dos investidores-anjo no Brasil e principais barreiras para ampliar aportes em startups

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Uma pesquisa da Anjos do Brasil em parceria com o Sebrae detalha quem são os investidores-anjo do país e os obstáculos que travam a expansão desse mercado. Os dados foram apresentados durante o Startup Summit, realizado em Florianópolis entre 27 e 29 de agosto.

Desconexão entre capital e startups

O levantamento indica que 75% dos investidores recebem oportunidades de investimento pelo menos uma vez por mês, mas 59% afirmam ter dificuldade para encontrar negócios realmente qualificados. Para 92% dos entrevistados, localizar startups maduras o suficiente ainda é um desafio.

Principais entraves

As maiores barreiras apontadas são:

• Incerteza econômica e risco elevado: 67,32%

• Falta de incentivos fiscais: 41,46%

• Dificuldade em identificar boas oportunidades: 33,17%

Tributação sobre ganho de capital, burocracia e insegurança jurídica também foram citadas com frequência.

Quem é o investidor-anjo brasileiro

O perfil predominante é masculino (81,5%), com idade entre 41 e 50 anos (32,4%) e experiência prévia em empreendedorismo. As motivações mais recorrentes são retorno financeiro (40,84%), geração de impacto ou legado (32,42%) e oportunidade de mentoria e aprendizado (26,74%).

Como investem

Na carteira desses investidores ainda prevalece a renda fixa, seguida por ações, fundos imobiliários e previdência privada. Em relação aos aportes em startups:

• Valor investido: 49% destinam menos de R$ 250 mil; 14,5% aplicam acima de R$ 1 milhão.

• Diversificação: 59,3% têm até cinco startups no portfólio; 12,7% investem em mais de 20 empresas.

• Estágio das empresas: 53,3% preferem rodadas Seed e 40,6% se concentram no Pré-Seed.

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Imagem: Internet

Retorno ainda pouco claro

Quase metade dos investidores (47%) declara não saber mensurar o retorno sobre o investimento. Entre aqueles que já avaliaram resultados, 40,7% registraram ganhos positivos, e 6,8% multiplicaram o capital por mais de cinco vezes.

Setores que recebem mais aportes

As áreas que mais atraem cheques anjo são:

• Tecnologia da Informação: 27,3%

• Gestão e Consultoria: 22,2%

• Capital e Investimentos: 17,1%

• Serviços Profissionais: 13,33%

• Finanças: 12,70%

• Agronegócio: 10,16%

• Saúde e Bem-estar: 9,52%

Demandas por políticas de incentivo

Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil, defende que benefícios fiscais, já adotados em outros países, podem estimular mais investimentos sem reduzir a arrecadação, ao fortalecer o ecossistema inovador. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, compreender o comportamento dos investidores ajuda a direcionar políticas públicas e programas de formação que aproximem capital e startups.

O estudo conclui que, apesar do ambiente de inovação dinâmico, a combinação de risco elevado, poucas vantagens tributárias e dificuldade de acesso a negócios promissores ainda limita o potencial do investimento-anjo no Brasil.

Com informações de InfoMoney

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