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Inteligência artificial brasileira antecipa diagnóstico de câncer de pulmão e deve chegar a outras capitais

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O grupo Oncoclínicas e a Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, implementaram uma inteligência artificial (IA) capaz de detectar nódulos pulmonares em tomografias de tórax mesmo quando o exame foi requisitado por outros motivos. Em um ano de funcionamento, o Programa Nódulos Pulmonares analisou 6 mil tomografias e identificou 150 achados suspeitos; três casos foram confirmados como câncer de pulmão.

Funcionamento

A tecnologia vasculha automaticamente todas as imagens geradas na unidade. Em até 24 horas, a IA faz a triagem inicial; depois, uma enfermeira especializada revisa os achados à luz do histórico clínico do paciente. Por fim, um radiologista reavalia as imagens em mais 24 horas, unindo a sensibilidade do algoritmo à precisão humana.

Impacto clínico e econômico

Segundo a oncologista torácica Tatiane Montella, coordenadora do programa na Casa de Saúde São José, o diagnóstico precoce amplia as chances de cura e reduz custos — tratar casos avançados pode sair até o dobro do valor de estágios iniciais. Ela destaca ainda o ganho em segurança, previsibilidade e geração de dados para a saúde pulmonar.

Exemplo prático

Um dos casos confirmados é o do aposentado José Mario Reis, de 86 anos. Ele procurou o hospital por tosse intensa, acreditando tratar-se de gripe. A IA avaliou seu raio-X e tomografia, permitindo o diagnóstico de câncer no dia seguinte. Reis passou por três sessões de quimio e imunoterapia, seguidas de cirurgia, e está curado.

Próximos passos

Além dos três diagnósticos confirmados, cerca de dez pacientes permanecem em acompanhamento. O Oncoclínicas planeja expandir o projeto a partir de Salvador e Brasília, com a meta de multiplicar por 2,5 o número de pessoas avaliadas. O coordenador do Centro de Diagnóstico por Imagem da Casa de Saúde São José, Henrique Guenka, afirma que a mesma abordagem poderá ser aplicada a outros tipos de câncer.

Embora aproximadamente 90% dos nódulos pulmonares sejam benignos, os 10% restantes podem representar tumores malignos que exigem intervenção imediata. Antecipar o diagnóstico, reforçam os responsáveis, é crucial para elevar a taxa de sobrevida.

Com informações de InfoMoney

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