Home / Política / Zema pressiona Congresso a reagir a “excessos” do STF e defende anistia para investigados de 8 de janeiro

Zema pressiona Congresso a reagir a “excessos” do STF e defende anistia para investigados de 8 de janeiro

Spread the love

CURITIBA (PR) – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), cobrou nesta sexta-feira, 8 de agosto de 2025, uma postura mais firme do Congresso Nacional diante do que classificou como “excessos” do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao programa Café com a Gazeta, o chefe do Executivo mineiro afirmou que o ambiente institucional “está ficando mais frágil” e comparou a tensão política a “um vulcão prestes a entrar em erupção”.

“O Congresso é o representante do povo; se há algo a ser votado, precisa ir a plenário. Estão represando o que é irreprimível”, declarou.

Agenda em Curitiba

Zema cumpre compromissos na capital paranaense, onde se reúne com empresários e acompanha a filiação do vice-prefeito de Curitiba, Paulo Martins, ao Partido Novo. Ele também participa de um almoço com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), no Palácio Iguaçu, para discutir “o futuro político do Brasil”.

Críticas ao STF e pedido de anistia

O governador questionou penas aplicadas a réus pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e defendeu anistia para investigados que não tenham cometido violência. Segundo ele, a punição de 17 anos de prisão a manifestantes que apenas “sentaram em uma cadeira” é “inédita na história”. Zema citou a Lei da Anistia de 1979 e afirmou que os atos de 8 de janeiro “não se comparam” aos crimes praticados durante o regime militar.

Zema informou que pretende comparecer a manifestações em favor da anistia sempre que possível e classificou como “perseguição política” a postura do Supremo.

Reação ao “tarifaço” dos EUA

Na quinta-feira, 7 de agosto, o mineiro esteve em Brasília com outros oito governadores para tratar do aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Ele acusou o governo federal de inação e disse ter liberado R$ 300 milhões para minimizar os efeitos da medida em Minas Gerais. Paraná e Minas, segundo ele, serão os estados mais prejudicados.

Zema criticou declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra os EUA e questionou a relevância do Brics, que classificou como “um Frankenstein” formado por países “sem nada em comum” com o Brasil.

Zema pressiona Congresso a reagir a “excessos” do STF e defende anistia para investigados de 8 de janeiro - Imagem do artigo original

Imagem: Marcio Miranda via gazetadopovo.com.br

Defesa de reforma política

O governador voltou a defender voto distrital, urnas com impressão do voto, unificação das eleições, redução do fundo eleitoral e o fim da reeleição, sugerindo mandato único de cinco anos. Para Zema, o atual modelo é “disfuncional” e “pouco representativo”.

Planos eleitorais

Ele confirmou pré-candidatura à Presidência, com lançamento previsto para 16 de agosto, e declarou apoio ao vice-governador Mateus Simões (Novo) para a disputa pelo Palácio Tiradentes em 2026. Zema destacou números de sua gestão, como R$ 427 bilhões em investimentos anunciados e criação de 1 milhão de empregos formais, em contraste com dados de governos anteriores.

O governador contou ter conversado em julho com o ex-presidente Jair Bolsonaro e avaliou que a direita deve lançar mais nomes ao Planalto, pois, no segundo turno, “há migração de votos para o candidato que avançar”.

Com informações de Gazeta do Povo

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *