O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou nesta segunda-feira, 25 de agosto de 2025, que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantém postura de perseguição contra políticos de direita e que a concessão de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria o caminho para “pacificar o Brasil”. As afirmações foram feitas durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura.
“Eu quero um Brasil pacificado. Já demos anistia para assassinos, para sequestradores, e agora não vamos dar anistia neste caso?”, questionou o governador. Zema também comparou a situação atual com casos de corrupção passados. “Onde estão os presos do Mensalão e do Petrolão? Estão todos soltos porque são da esquerda”, afirmou.
Críticas ao Judiciário
Ao comentar o impasse sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o mineiro voltou a dirigir críticas ao Judiciário. “Temos que resolver a questão de um Congresso que decide, representando o povo, e um STF que muitas vezes toma outra direção”, disse.
Pré-candidatura e união da direita
A pré-candidatura de Zema à Presidência da República foi lançada em 16 de agosto. Segundo ele, Bolsonaro reagiu positivamente e manifestou que “quanto mais candidatos à direita, melhor”. O governador também mencionou o colega Ronaldo Caiado (União Brasil) e afirmou que múltiplas candidaturas podem fortalecer o campo conservador no segundo turno das eleições de 2026. “Em Minas, a minha candidatura trará mais votos para a direita e isso pode acontecer em outros estados. A direita estará unida no 2.º turno”, projetou.

Imagem: Gil Leardi
Resposta a Carlos Bolsonaro
As declarações ocorreram após críticas do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), que chamou governadores de direita de “ratos” e “oportunistas” um dia depois do anúncio da pré-candidatura de Zema. O governador classificou a fala como “infeliz” e “feita no calor do momento”. “Nós, de direita, estamos muito cientes de que isso foi feito num momento em que a pressão está muito grande”, acrescentou.
Com informações de Gazeta do Povo