Brasília — O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou neste sábado (9) que a ocupação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, realizada por parlamentares da oposição, foi uma “manifestação pacífica e legítima”.
Em publicação na rede social X, o dirigente partidário afirmou que a iniciativa teve o objetivo de “resgatar a discussão e a votação da pauta da anistia” a investigados pelos atos de 8 de janeiro, além de “reforçar a defesa da autonomia entre os Poderes”.
A ação começou na terça-feira (5) e se estendeu por mais de 30 horas, encerrando-se na quarta (6). O grupo de deputados ocupou o espaço reservado à Mesa Diretora do plenário, alegando pressão para que os projetos de anistia fossem votados.
Pedidos de punição
Em resposta, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria da Casa representações que pedem a suspensão de 14 parlamentares — 13 do PL e 1 do Novo — por suposta quebra de decoro e invasão de área restrita.
Confira os nomes:
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Zucco (PL-RS)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Allan Garcês (PP-MA)
- Pr. Marco Feliciano (PL-SP)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- Marcel Van Hatten (Novo-RS)
- Julia Zanatta (PL-SC)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Zé Trovão (PL-SC)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Carol De Toni (PL-SC)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
A Corregedoria dispõe de até 48 horas para emitir parecer, que pode sugerir advertência ou suspensão temporária do mandato por até seis meses. Depois dessa etapa, o processo segue para o Conselho de Ética, responsável pela deliberação final.

Imagem: Valter Campanato via gazetadopovo.com.br
Confiança no “devido processo legal”
Costa Neto disse confiar que os órgãos internos da Câmara reconhecerão a legalidade das ações da oposição. “Confiamos no devido processo legal e nas instâncias competentes para que se reconheça a legitimidade de suas ações”, afirmou.
Em nota, o PL reiterou compromisso com a democracia e declarou “total apoio” aos parlamentares envolvidos, ressaltando que eles buscam representar “milhões de brasileiros que esperam que suas vozes sejam ouvidas”.
Não há previsão de quando o Conselho de Ética deverá analisar o caso.
Com informações de Gazeta do Povo