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The Economist prevê condenação de Bolsonaro e diz que Brasil pode dar lição de democracia aos EUA

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Brasília – A edição desta semana da revista britânica The Economist traz o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) na capa e projeta que ele será condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento marcado para a próxima terça-feira, 2 de setembro. O processo trata das acusações de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Com a manchete “O que o Brasil pode ensinar aos Estados Unidos”, a publicação afirma que o país se tornou um “caso de teste” para a recuperação de nações após “febres populistas”. A revista destaca que, enquanto os Estados Unidos estariam “mais corruptos, protecionistas e autoritários”, o Brasil “mostra determinação em proteger e fortalecer sua democracia”.

Na capa, Bolsonaro aparece caracterizado como Jake Angeli, o “xamã” ligado ao movimento QAnon, figura central da invasão ao Capitólio norte-americano em 6 de janeiro de 2021. Segundo a reportagem, o ex-presidente e seus aliados “provavelmente serão considerados culpados”.

Críticas a Trump e supostas retaliações

A Economist menciona que o ex-presidente dos EUA Donald Trump teria punido o Brasil pelo andamento do processo contra Bolsonaro, impondo tarifas de 50% a produtos brasileiros e revogando vistos de ministros do STF. Mesmo assim, a revista diz que o país “mantém o compromisso” com a democracia.

Tonalidade diferente para Lula e Moraes

Embora já tenha apontado, em abril, “concentração excessiva de poder” nas mãos do ministro Alexandre de Moraes e, em julho, uma perda de influência internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a revista adota tom mais duro ao falar de Bolsonaro. O texto relembra que o ex-mandatário “desdenha da democracia” desde a juventude, no período da ditadura militar (1964-1985).

Investigação das fake news e invasão de 8 de janeiro

A reportagem também cita a duração indefinida do inquérito das fake news e decisões de Moraes que determinaram a remoção de perfis em redes sociais. Apesar disso, a Economist sustenta que Bolsonaro e seus apoiadores tentaram “derrubar a democracia”, recordando a depredação dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, após alegações infundadas de fraude nas urnas eletrônicas.

Sanções contestadas

Em julho, a revista condenou as sanções aplicadas pelos Estados Unidos a Moraes com base na Lei Magnitsky, qualificando como “sem precedentes” o ato de punir um magistrado em exercício em uma democracia.

O julgamento no STF começa em 2 de setembro; não há prazo definido para a conclusão do processo.

Com informações de Gazeta do Povo

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