A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta sexta-feira (9/8/2025), em Washington, que os Estados Unidos precisam reconhecer a China como principal parceira comercial do Brasil, condição que não deve mudar no curto prazo.
Segundo Tebet, a venda de commodities agrícolas e minerais para o mercado chinês é decisiva para o equilíbrio da balança comercial brasileira. “Queremos ampliar o comércio com os americanos, mas não podemos abrir mão daquilo que sustenta grande parte da nossa balança comercial”, declarou.
Em visita oficial à capital norte-americana, a ministra defendeu uma política externa “pragmática” e alinhada aos interesses econômicos do país. Na agenda, ela se reuniu com autoridades e empresários para tratar de investimentos em infraestrutura e transição energética, reforçando que é possível fortalecer os laços com Washington sem romper os vínculos com Pequim.
Estados Unidos concentram 34% do estoque de investimento direto
Apesar da ênfase na parceria comercial com a China, os EUA permanecem como o maior investidor direto no Brasil. Levantamento da Amcham Brasil mostra que empresas americanas detêm cerca de 34% do estoque de investimento estrangeiro direto no país, acima de US$ 357 bilhões. Os recursos estão distribuídos em setores como tecnologia, fabricação de veículos, energia e infraestrutura, gerando empregos qualificados e fortalecendo cadeias produtivas.

Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom via gazetadopovo.com.br
Dados do Banco Central indicam que o fluxo de investimento direto no país (IDP) somou US$ 70,5 bilhões nos 12 meses encerrados em maio, o equivalente a 3,31% do PIB. No mesmo período de 2024, o indicador estava em 2,69%.
Com informações de Gazeta do Povo