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Senador Esperidião Amin protocola pedido de CPI para apurar suposta “vaza-toga” e lista seis focos de investigação

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O senador Esperidião Amin (PP-SC) apresentou, na terça-feira (12), requerimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar o que ele chama de “vaza-toga” — troca de informações e atos irregulares no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em entrevista concedida nesta quarta-feira (13) ao programa “Sem Rodeios”, da Gazeta do Povo, o parlamentar enumerou seis frentes que, segundo ele, precisam ser apuradas.

Seis pontos apontados por Amin

O pedido de CPI pretende examinar:

1) compartilhamento de servidores entre STF e TSE;

2) troca de informações entre órgãos judiciais fora das hipóteses legais;

3) ordens supostamente ilegais destinadas a servidores;

4) elaboração de relatórios administrativos contra pessoas determinadas;

5) repasse de dados a órgãos de investigação ou acusação sem respaldo legal;

6) atos administrativos além dos limites estabelecidos em lei ou regulamento.

Para que a comissão seja instalada, são necessárias 27 assinaturas de senadores. Amin afirmou já contar com apoio significativo, lembrando que a “maioria” também assinou pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. “O Senado precisa agir para conter abusos e preservar o equilíbrio entre os Poderes”, declarou.

Questionamentos sobre 8 de janeiro

Durante a entrevista, o senador disse haver indícios de que provas teriam sido “produzidas” dentro do STF para sustentar acusações ligadas aos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele contestou a classificação do episódio como tentativa de golpe, alegando que houve vandalismo desorganizado, mas não articulação para derrubar o governo.

Senador Esperidião Amin protocola pedido de CPI para apurar suposta “vaza-toga” e lista seis focos de investigação - Imagem do artigo original

Imagem: Pedro França via gazetadopovo.com.br

“Maré montante” e caso Tagliaferro

Amin definiu o cenário político como uma “maré montante”, indicando tensão crescente no Congresso. Como exemplo da gravidade das denúncias, citou o ex-assessor de Moraes Eduardo Tagliaferro, investigado por levar ao exterior um memorial sobre suposto vazamento de informações do STF. O perito foi indiciado pela Polícia Federal por divulgar mensagens que ligariam o TSE a inquéritos do Supremo.

Ao final, o parlamentar reiterou a pressão pelo impeachment de Moraes: “Quem não atender ao clamor da maioria é golpista”, concluiu.

Com informações de Gazeta do Povo

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