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Schiochet descarta indícios de quebra de decoro de Eduardo Bolsonaro por viagens aos EUA

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Brasília – O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Fábio Schiochet (União-SC), declarou neste domingo, 24 de agosto de 2025, que não identifica quebra de decoro parlamentar nas ações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante viagens recentes aos Estados Unidos.

Em entrevista à CNN Brasil, Schiochet afirmou que as quatro representações apresentadas contra Eduardo Bolsonaro – três protocoladas pelo PT e uma pelo PSOL – não apontam agressão verbal nem obtenção de vantagem indevida que justifiquem pedido de cassação. As peças acusam o parlamentar de atuar em lobby na Casa Branca para pressionar o governo de Donald Trump a adotar sanções contra o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o presidente do colegiado, as hipotéticas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA “não resultam da atuação de Eduardo Bolsonaro, e sim de uma política externa medíocre que o Brasil vem adotando, enfrentando os EUA e se aliando à China”, declarou ele ao jornal O Correio do Povo durante a semana.

Schiochet destacou que Eduardo Bolsonaro pode perder o mandato apenas em caso de faltas sucessivas a sessões do Plenário, e não pelas acusações que hoje tramitam no Conselho de Ética. “Cassação por ausência está prevista; pelas denúncias atuais, não há sustentação”, disse.

Processos começam em setembro

No total, 20 representações contra 11 deputados deverão ser analisadas pelo Conselho de Ética a partir de 2 de setembro. Todas foram encaminhadas ao colegiado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em 15 de agosto.

Schiochet descarta indícios de quebra de decoro de Eduardo Bolsonaro por viagens aos EUA - Imagem do artigo original

Imagem: Vinícius Loures

Schiochet prometeu que nenhum processo será engavetado. “Nós vamos analisar, a partir do dia 2 de setembro, com muita responsabilidade”, afirmou, ao mesmo tempo em que criticou o que chamou de “banalização” dos pedidos de cassação em ano pré-eleitoral.

As representações contra Eduardo Bolsonaro pedem apuração por quebra de decoro e traição à pátria, mas, para o presidente do Conselho, as acusações não configuram esses crimes parlamentarmente. O colegiado começará a deliberar sobre a admissibilidade dos casos na primeira semana de setembro.

Com informações de Gazeta do Povo

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