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Reforma administrativa extingue férias de 60 dias no Judiciário e cria regra única para carreiras públicas

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Uma nova proposta de reforma administrativa deve chegar à Câmara dos Deputados ainda nesta semana. Encomendado pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), o texto é relatado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) e reúne cerca de 70 medidas que alteram regras de trabalho e remuneração no serviço público.

Três frentes legislativas

O pacote será dividido em uma proposta de emenda à Constituição (PEC), um projeto de lei complementar e um projeto de lei ordinária. Segundo o relator, o objetivo é modernizar a gestão estatal, sem reduzir o tamanho do Estado nem cortar direitos existentes, pontos que encontram resistência no governo federal.

Principais mudanças

Férias

  • Fim das férias de 60 dias para magistrados e demais servidores que hoje têm o benefício.
  • Período de descanso não poderá ser convertido em dinheiro nem pago retroativamente.

Supersalários

  • Dezessete dispositivos visam limitar penduricalhos no Executivo, Legislativo e Judiciário.
  • Verbas indenizatórias e remuneratórias passarão a ter critérios definidos em lei.

Tabela única de carreiras

  • União estabelecerá parâmetros para uma matriz salarial única.
  • Estados e municípios terão até dez anos para ajustar suas próprias tabelas.

Avaliação e progressão

  • Implantação do Sidec (Sistema de Desenvolvimento na Carreira) para todas as esferas.
  • Avaliações anuais individuais serão requisito para evolução funcional.
  • Estabilidade só passa a valer após aprovação no estágio probatório.

Metas de desempenho

Reforma administrativa extingue férias de 60 dias no Judiciário e cria regra única para carreiras públicas - Imagem do artigo original

Imagem: Lula Marques

  • Chefes do Executivo deverão apresentar planos estratégicos para quatro anos, com indicadores claros.
  • O bônus por resultado será pago uma vez por ano, sem incorporar ao salário e sem repasse a aposentados.

Contratação temporária

  • Admissões extraordinárias terão limite de até cinco anos, com quarentena de 12 meses para recontratação.
  • Seleção obrigatória, inclusive em municípios, e criação de cadastro nacional de temporários.

Teletrabalho

  • Permitido um dia remoto por semana; ampliação exigirá justificativa e metas de desempenho.

Salários iniciais e teto

  • Remuneração de ingresso não poderá ultrapassar 50% do valor do último nível da carreira.
  • Diretores de estatais não dependentes do Tesouro terão vencimentos limitados ao teto do funcionalismo, excluídos presidentes e vice-presidentes.

Próximos passos

Hugo Motta pretende pautar a reforma em setembro, caso se forme maioria na Câmara. O relator lembra que qualquer redução de despesa virá no médio e longo prazos, a partir da racionalização de custos prevista nas novas regras.

Com informações de Gazeta do Povo

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