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Pesquisa Quaest aponta que 69% veem Eduardo Bolsonaro agindo em favor da família, não do Brasil

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A maior parte dos brasileiros considera que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atua nos Estados Unidos para beneficiar a própria família, e não o país. É o que revela a nova rodada da Pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 20 de agosto de 2025.

Percepção sobre a viagem aos EUA

Questionados sobre as articulações do parlamentar em Washington, 69% dos entrevistados afirmaram enxergar “interesses próprios dele e da família Bolsonaro”, enquanto 23% acreditam que ele defende “interesses do Brasil”. Outros 8% não souberam ou preferiram não responder.

Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde março, buscando apoio de autoridades para penalidades contra o Brasil, como a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o cancelamento de vistos de integrantes do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF) e a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes.

Recortes por perfil político

A percepção de que ele defende interesses familiares é maior entre eleitores de Lula (92%), pessoas identificadas com a esquerda (95%) e quem não declara posição política (78%). Entre apoiadores de Jair Bolsonaro, esse índice cai para 29%; no segmento classificado como de direita, fica em 44%. Para esses dois grupos, 65% e 48%, respectivamente, veem a atuação do deputado como voltada ao país.

Detalhes da pesquisa

O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Outros resultados

A parcela que acredita na possibilidade de Eduardo Bolsonaro reverter a inelegibilidade do pai subiu de 31% em julho para 36% em agosto; já quem não vê chance de mudança caiu de 59% para 55%.

Sobre o “tarifaço” de 50% anunciado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, 21% dizem que a medida é correta (ante 19% em julho), enquanto 71% a consideram errada. Entre simpatizantes de Bolsonaro, 54% aprovam a sobretaxa; nos demais grupos, a desaprovação é majoritária.

Pesquisa Quaest aponta que 69% veem Eduardo Bolsonaro agindo em favor da família, não do Brasil - Imagem do artigo original

Imagem: Bruno Spada

Metade dos entrevistados (51%) atribui o aumento das tarifas a interesses políticos de Trump; 23% apontam razões comerciais dos Estados Unidos, 2% motivos pessoais e 2% outras causas.

Impacto e estratégia do governo

Para 77% dos participantes, o tarifaço afetará sua vida cotidiana; 64% preveem alta nos preços dos alimentos. A maioria (67%) defende que o Brasil negocie com os EUA, enquanto 26% preferem retaliação comercial.

Quanto à condução da crise, 48% avaliam que o governo e o PT tomam as medidas mais adequadas ao buscar um acordo. No mesmo patamar, 48% acreditam que o presidente Lula conseguirá negociação, contra 45% que duvidam. Já 49% veem o petista agindo em defesa do Brasil, e 41% entendem que ele se aproveita da situação para autopromoção.

Com informações de Gazeta do Povo

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