Brasília – O Partido dos Trabalhadores (PT) orientou suas bases, bancadas parlamentares e movimentos aliados a organizar manifestações em todo o país no próximo 7 de Setembro, Dia da Independência. O objetivo é protestar contra o que a sigla chama de “ofensiva” dos Estados Unidos ao Brasil e defender a soberania nacional.
A convocação foi feita pelo novo presidente do partido, Edinho Silva, em resolução aprovada no sábado (23). O documento acusa o governo do ex-presidente norte-americano Donald Trump de querer interferir nas eleições de 2026 por meio de uma “guerra híbrida”, com uso intensivo de redes sociais e inteligência artificial, para impedir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mobilização permanente até 2026
Batizada de “Quem manda no Brasil é o povo brasileiro”, a campanha prevê atos simultâneos no feriado e atividades constantes “em cada canto do país” até o pleito de 2026. Foram chamados a participar as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o MST, centrais sindicais e demais organizações sociais ligadas ao partido.
Além de criticar a postura norte-americana, a mobilização buscará pressionar o Congresso por pautas como a extinção da escala de trabalho 6×1, a taxação de super-ricos e a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.
Tarifas e sanções na mira
Segundo Edinho Silva, a aplicação de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada por Washington, é “autoritarismo sem fundamento” e demonstra perseguição política. A resolução também cita as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as sanções aplicadas a ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes, incluído na Lei Magnitsky, como exemplos de ataque à soberania.
“O que Trump e seus aliados da direita brasileira pretendem, e não terão êxito, é derrotar, nas eleições de 2026, o projeto de desenvolvimento nacional que estamos consolidando sob a liderança do presidente Lula”, diz o texto.

Imagem: Leo Oliveira
Engajamento nas redes e nas ruas
A direção petista orientou deputados, senadores e representantes institucionais do partido a intensificar a atuação tanto presencial quanto digital, especialmente em campanhas contra anistia a envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e em defesa da chamada justiça tributária.
Edinho Silva, eleito para comandar o PT no mês passado com apoio de Lula, defendeu que cada diretório estadual articule seu próprio ato em 7 de Setembro. “Chamamos todos para a mobilização, para apoiarmos um Brasil soberano. Queremos um 7 de Setembro nacional, ocorrendo em todos os estados”, afirmou.
Com informações de Gazeta do Povo