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Pressão no Senado por impeachment de Alexandre de Moraes atinge 41 assinaturas

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Brasília — 08/08/2025, 12h00. Um grupo de 41 senadores formalizou apoio a um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, número mínimo exigido para protocolar a solicitação no Senado.

O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que vinha resistindo à iniciativa, reconheceu publicamente que pode analisar o processo. Segundo ele, a decisão é “jurídico-política” e exige justa causa e viabilidade, não apenas a quantidade de assinaturas. Alcolumbre reiterou que a definição da pauta é prerrogativa constitucional exclusiva do presidente do Senado.

Consequências imediatas

Se o pedido for admitido, Moraes é afastado do cargo por até seis meses enquanto o julgamento prossegue. Para uma eventual condenação definitiva, são necessários 54 votos em plenário.

Fatores que ampliaram a pressão

A mobilização ganhou força depois de duas ações recentes:

  • Prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada em investigação sobre suposta tentativa de golpe.
  • Sanções dos Estados Unidos a Moraes, aplicadas pela Lei Magnitsky, que incluem bloqueio de bens e cancelamento de vistos por alegadas violações de direitos humanos. Washington também sinalizou possíveis medidas contra “aliados” do ministro, e Alcolumbre foi citado como possível próximo alvo.

Movimentos paralelos na Câmara

Na Câmara dos Deputados, a oposição, apoiada por partidos do Centrão — PL, Novo, PP, PSD e União Brasil —, pressiona para votar o fim do foro privilegiado e a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A inclusão desses temas na agenda depende do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que mantém postura neutra.

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Imagem: Pedro França via gazetadopovo.com.br

Ceticismo sobre a viabilidade

Para o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o impeachment é improvável porque não haveria os 54 votos necessários para condenação e porque Alcolumbre detém o controle da pauta. Mesmo assim, a oposição considera o tema estratégico para as eleições de 2026, quando pretende ampliar a bancada conservadora no Senado.

Com informações de Gazeta do Povo

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