A Polícia Federal indiciou, na quarta-feira, 20 de agosto de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suspeita de tentativa de obstrução de Justiça no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
No mesmo dia, o pastor Silas Malafaia foi alvo de mandado de busca e apreensão logo após desembarcar no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
Acusações e contexto
De acordo com o relatório policial, pai e filho teriam praticado coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa relacionada ao caso do golpe e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A investigação também examina a atuação de Eduardo nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
Conteúdo das mensagens
Conversas de WhatsApp anexadas ao inquérito revelam desentendimentos entre Jair e Eduardo Bolsonaro. As trocas de mensagens registram momentos de tensão e ofensas diretas do deputado ao ex-presidente. Os diálogos também mostram o descontentamento de Silas Malafaia com a forma como Eduardo divulgou tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil.
Resistência à pauta da anistia
Segundo a análise do material apreendido, Jair Bolsonaro teria resistido a qualquer ação concreta em defesa de uma eventual anistia para aliados. Documentos indicam ainda que um ministro do Supremo Tribunal Federal estaria oferecendo apoio ao ex-presidente, o que teria isolado ainda mais o ministro Alexandre de Moraes dentro da Corte.

Imagem: Gazeta do Povo
Debate público
Os novos elementos da investigação serão discutidos no programa Última Análise, que vai ao ar nesta quinta-feira, 21 de agosto. Participam da edição o jurista André Marsiglia, o vereador Guilherme Kilter e o escritor Francisco Escorsim.
Até o momento, as defesas de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Silas Malafaia não comentaram o indiciamento nem as medidas judiciais.
Com informações de Gazeta do Povo