O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou nesta sexta-feira (6), em conversa com jornalistas, que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) equivale a “colocar cinco argentinos para julgar o Pelé”.
Segundo o parlamentar, quatro dos cinco ministros que compõem o colegiado foram indicados por governos do Partido dos Trabalhadores (PT), enquanto o quinto, Alexandre de Moraes, seria parte interessada na ação penal que apura suposta tentativa de golpe de Estado.
Quem são os ministros da Primeira Turma
Nikolas citou nominalmente cada integrante:
- Cristiano Zanin – ex-advogado de Luiz Inácio Lula da Silva, indicado ao STF em 2023;
- Flávio Dino – ex-ministro da Justiça do atual governo, indicado em 2023;
- Cármen Lúcia – nomeada por Lula em 2006;
- Luiz Fux – indicado por Dilma Rousseff em 2011;
- Alexandre de Moraes – escolhido pelo então presidente Michel Temer em 2017.
O deputado alegou que Moraes figura como possível vítima no processo, devido a menções ao ministro no chamado Plano Punhal Verde-Amarelo, mencionado pela Procuradoria-Geral da República e pela Polícia Federal.
Ação penal contra Bolsonaro
O ex-presidente é acusado de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e atentado contra o patrimônio público. Também respondem no mesmo processo:

Imagem: Pablo Valadares
- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin);
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
- Augusto Heleno (ex-ministro da Segurança Institucional);
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência);
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
- Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).
O julgamento começou em 2 de setembro e deve se estender até 12 de setembro. Em caso de condenação, Bolsonaro pode receber pena de 12 a 43 anos de prisão, cumprida somente após trânsito em julgado, possivelmente em ala especial da Papuda ou na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Pauta de anistia
Durante a entrevista, Nikolas Ferreira reiterou que concentra esforços na aprovação do projeto de lei que concede anistia ampla, geral e irrestrita aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Com informações de Gazeta do Povo