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Moraes dá cinco dias para PGR opinar sobre recurso de Paulo Figueiredo

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente parecer em até cinco dias sobre o recurso protocolado pela defesa do jornalista e empresário Paulo Figueiredo.

Figueiredo é acusado pela PGR de integrar uma suposta articulação para pressionar o comando do Exército a aderir a ações contra a ordem democrática. A denúncia, que envolve outros 33 investigados, aponta que ele teria:

  • incitado militares em declarações públicas;
  • divulgado documentos relativos a um alegado plano golpista;
  • propagado informações falsas sobre o sistema eleitoral;
  • atuado, ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em iniciativas nos Estados Unidos, como pedidos de restrições comerciais ao Brasil e de cancelamento de vistos de ministros do STF.

Notificação por edital

Residente nos Estados Unidos, o jornalista foi citado por edital, procedimento utilizado quando não se consegue contato direto com o acusado. Em junho, Moraes validou essa forma de notificação após identificar manifestações de Figueiredo nas redes sociais sobre o processo, nas quais ele afirmou sofrer perseguição.

Atuação da Defensoria

Sem constituir advogado, Figueiredo passou a ser representado pela Defensoria Pública da União (DPU). O órgão contesta a notificação por edital, alegando que as publicações do investigado não comprovam conhecimento integral da acusação. Para a DPU, a ausência de acesso completo à denúncia configura nulidade absoluta.

A defensoria pede a suspensão da ação penal e do prazo prescricional, conforme o Código de Processo Penal. Como alternativa, solicita que o STF envie carta rogatória para citar formalmente Figueiredo nos Estados Unidos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deverá analisar os argumentos da defesa antes de o Supremo avançar na avaliação do caso.

Com informações de Gazeta do Povo

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