Brasília, 23 de agosto de 2025 – Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) apresentaram opiniões distintas sobre o alcance do ativismo judicial e recorreram a metáforas religiosas para descrevê-lo.
O recém-empossado ministro Flávio Dino afirmou que o ativismo é uma “tentação satânica”. Ele já havia usado expressão semelhante em março de 2022, quando transmitiu o cargo de governador do Maranhão e advertiu seu sucessor sobre “o diabo cochichando” no ouvido de autoridades.
Entre os colegas de Corte, as interpretações variam:
- Alexandre de Moraes alternou declarações em que ora vê risco na “ousadia exagerada” dos juízes, ora considera a discussão um “mito”.
- Luís Roberto Barroso classifica o ativismo como “lenda urbana”.
- Gilmar Mendes diz que não há “possessão permanente”, mas sim “surtos ocasionais”.
- Dias Toffoli já declarou que o STF atua como “editor da nação”.
Dino sustenta que autoridades, ao serem “inebriadas pelo poder”, podem deixar de se reconhecer e se tornar “seguidoras do mal”, nas suas palavras. Embora o ministro se referisse, em 2022, a governadores e prefeitos, a crítica agora está centrada nos próprios magistrados da Suprema Corte.

Imagem: Gazeta do Povo
As falas refletem o debate interno sobre o limite entre o papel constitucional do tribunal e eventuais interferências em competências do Legislativo e do Executivo.
Com informações de Gazeta do Povo