Brasília — O coronel do Exército Marcelo Costa Câmara reiterou o pedido de liberdade provisória nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2025, depois de participar de uma acareação com o tenente-coronel Mauro Cid no Supremo Tribunal Federal (STF).
A oitiva, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, durou pouco mais de 50 minutos e ocorreu a portas fechadas. Câmara está preso preventivamente e, ao final da sessão, solicitou novamente a revogação da medida. Moraes informou que aguardará parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de deliberar.
Divergências sobre minuta e monitoramento
Durante a acareação, os militares foram questionados sobre possíveis divergências relativas a uma minuta de decreto que buscaria anular as eleições de 2022 e sobre o acompanhamento da rotina do próprio ministro Alexandre de Moraes.
Câmara negou qualquer envolvimento ou conhecimento do documento atribuído ao ex-assessor Filipe Martins e afirmou que o monitoramento do ministro se limitava à fiscalização de agenda, sem ligação com ações violentas.
Em seu depoimento, Mauro Cid declarou que não atribui a Câmara conhecimento sobre o suposto plano “Punhal Verde e Amarelo” nem sobre a tramitação da minuta mencionada. “Não fiquei sabendo que o coronel Marcelo Câmara tivesse qualquer conhecimento”, disse o tenente-coronel.

Imagem: André Borges via gazetadopovo.com.br
Agora, o processo segue para manifestação da PGR, que deverá se posicionar sobre o pedido de liberdade provisória antes da decisão final do relator.
Com informações de Gazeta do Povo