O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira, 8 de agosto de 2025, no Acre, que deputados e senadores que ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado devem perder seus mandatos. O grupo permaneceu nos postos de comando das duas Casas por dois dias, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao dirigir-se ao senador Sérgio Petecão (PSD-AC) durante o evento, Lula solicitou que o parlamentar não apoie o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Ele está garantindo a democracia”, afirmou o chefe do Executivo.
“Quem deveria ter impeachment são esses deputados e senadores que fazem greve para impedir o funcionamento da Câmara e do Senado, verdadeiros traidores da pátria”, acrescentou o presidente.
Críticas a Bolsonaro e ao nível do Congresso
Lula voltou a atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que ele “abriu uma lâmpada mágica” da qual “saiu o que havia de podre” na política nacional. Segundo o petista, o comportamento de parte dos parlamentares evidencia essa situação: “Deputado vai lá, não faz discurso, pega o celular, grava a própria cara, fala uma bobagem e acha que está sendo deputado ou senador”.
O presidente reiterou que pretende concorrer à reeleição em 2026 caso esteja em boas condições de saúde.
Eduardo Bolsonaro na mira
No mesmo pronunciamento, Lula voltou a mirar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele afirmou que o parlamentar, atualmente nos Estados Unidos, estaria “pedindo para os americanos darem um golpe” no Brasil e garantiu que haverá “um processo” contra ele. “Esse moleque é traidor de 215 milhões de brasileiros com o prejuízo que os EUA está dando para este país”, disse.

Imagem: Marcelo Camargo via gazetadopovo.com.br
Possível perda de mandato de Eduardo
Na quinta-feira, 7 de agosto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que Eduardo Bolsonaro pode perder o mandato. Ele informou que não pretende alterar o regimento interno para permitir atuação remota do parlamentar. A licença de Eduardo terminou em 20 de julho; desde então, suas ausências vêm sendo registradas oficialmente.
Motta afirmou que a permanência do deputado nos Estados Unidos é “uma escolha política” e que, embora respeite suas posições, não concorda com “alguns movimentos” do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com informações de Gazeta do Povo