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Lula afirma que governo atuará contra anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o Palácio do Planalto vai trabalhar para barrar o projeto de lei que pretende conceder anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. A posição foi dada em entrevista à TV Band exibida na noite de quinta-feira, 11 de setembro de 2025.

O tema ganhou força na oposição depois que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sentenciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão, acusado de chefiar uma tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022.

Parlamentares oposicionistas pressionam o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), a votar a urgência da proposta na próxima semana. O texto mais amplo prevê anistia total aos envolvidos, alcançando inclusive Bolsonaro.

“O governo vai trabalhar contra a anistia. É estranho: quem diz que Bolsonaro não cometeu crime pede anistia em vez de defender a inocência dele. Como pedir anistia antes de o processo terminar?”, questionou Lula na entrevista gravada na manhã de quinta-feira.

Críticas ao voto de Luiz Fux

Gravada antes dos votos das ministras Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que selaram a maioria no STF, a entrevista não abordou o resultado final do julgamento. Ainda assim, Lula criticou o ministro Luiz Fux, que na véspera votou pela absolvição de Bolsonaro, condenando apenas o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto.

“Se o ministro Fux não quiser as provas, é problema dele. Acho que as provas são fartas. O ex-presidente articulou tudo e depois foi embora”, afirmou o presidente. Fux ficou vencido por 4 votos a 1, contrariando os ministros Cármen Lúcia, Zanin, Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino.

Prioridades no Congresso

Lula reforçou que o governo pretende priorizar no Legislativo a ampliação da isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil e a Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública. A oposição, por sua vez, ameaça retardar essas votações caso a anistia não avance.

A mobilização contra a anistia

Na semana anterior, durante encontro com lideranças em Belo Horizonte, Lula já havia pedido mobilização popular contra a medida, reconhecendo a possibilidade de derrota no Congresso. “A extrema direita ainda tem muita força. Essa batalha precisa ser feita também pelo povo”, disse.

O presidente acrescentou que a atual composição do Parlamento “não foi eleita pela periferia”, ainda que tenha aprovado diversas pautas de interesse do Planalto.

Com informações de Gazeta do Povo

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