O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, em 6 de setembro de 2025, em Belo Horizonte, o programa “Gás para o Povo”, que prevê a distribuição gratuita de botijões de 13 kg a cerca de 17 milhões de famílias de baixa renda.
Durante o evento, Lula afirmou que, para o país “dar certo”, é necessário “garantir que muitos tenham pouco dinheiro”, declaração que gerou críticas de opositores ao governo. Os botijões entregues levam a marca do governo federal impressa no recipiente.
A cerimônia contou com a presença da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, que cantou um jingle sobre o gás de cozinha ao lado de moradores da comunidade onde ocorreu a distribuição inicial.
Críticas ao programa
O colunista Francisco Escorsim, da Gazeta do Povo, classificou a ação como “Botijanja”, em referência à participação de Janja. Ele comparou a iniciativa a práticas assistencialistas antigas, como a entrega de dentaduras e cadeiras de rodas em campanhas eleitorais.
Em análise publicada no canal Última Análise, no YouTube da Gazeta do Povo, o economista Daniel Vargas disse que o governo “se coloca como regulador da miséria nacional” ao lançar o novo benefício. Segundo ele, o PT enxerga a pobreza como “capital político” a ser mantido.
Especialistas ouvidos pela reportagem alertam que a exibição da identidade visual do governo nos botijões pode configurar propaganda eleitoral antecipada, o que é proibido pela legislação brasileira.

Imagem: Gazeta do Povo
O programa amplia a lista de políticas sociais do Executivo para famílias de baixa renda, que já inclui subsídios em energia elétrica e transferência direta de renda.
Não foram divulgados pelo governo detalhes sobre o custo total da medida ou de que forma será financiada a distribuição dos botijões.
Com informações de Gazeta do Povo