Brasília — O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta quinta-feira (4) que a oposição tentará colocar em pauta, já na próxima semana, o projeto de anistia para os réus dos atos de 8 de janeiro de 2023.
O texto está sob a responsabilidade do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem indicado preferência por levar a proposta ao plenário apenas depois do término do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), previsto para a semana de 15 de setembro.
“Há um requerimento de urgência; precisa ser nomeado o relator e, só então, votar”, disse Sóstenes. Segundo ele, a bancada oposicionista insistirá para que todo o trâmite ocorra antes da conclusão do julgamento no STF.
Conversas com Tarcísio
O parlamentar relatou que tratou “superficialmente” do tema com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas destacou a atuação do governador na construção de apoio. “Ele queria demonstrar o respaldo do Republicanos; mérito dele”, declarou.
Postura de Hugo Motta
Questionado por jornalistas, Hugo Motta manteve cautela. “Estamos tranquilos quanto a essa pauta. Não há definição ainda. Sempre ouvimos o colégio de líderes”, afirmou.

Imagem: Douglas Gomes
Resistência a texto alternativo
Sóstenes também criticou a possibilidade aventada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de apresentar um projeto intermediário. “A atribuição dele é pautar, não discutir texto”, observou o líder do PL.
Para o deputado, qualquer versão que não contemple anistia “ampla, geral e irrestrita” não será aceita. “Os crimes imputados ao presidente Bolsonaro são os mesmos dos demais réus de 8 de janeiro. Não dá para separar. O que resta ao Congresso, como prevê a Constituição, é votar a anistia”, concluiu.
Com informações de Gazeta do Povo