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Janja intensifica aproximação com mulheres evangélicas em meio a aumento da rejeição a Lula

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A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, reuniu-se nesta quinta-feira (14) com um grupo de mulheres evangélicas em Salvador (BA). O movimento ocorre enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta crescimento da rejeição nesse eleitorado: levantamento do Datafolha indica alta de 50% para 55% entre junho e julho.

Desde o início do terceiro mandato, o Palácio do Planalto busca reduzir a distância com o segmento ligado às igrejas evangélicas, base expressiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No encontro na capital baiana, Janja declarou que pretende “desenvolver soluções e políticas que façam bem para o nosso povo” e defendeu um projeto de país com justiça social, combate à fome e proteção a mulheres e crianças.

Agenda frequente

As aproximações da primeira-dama têm sido constantes. Em 4 de julho, ela e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, conversaram com mulheres evangélicas em Manaus (AM). Na ocasião, Anielle classificou o encontro como “escuta ativa e diálogo” com lideranças que, segundo ela, já atuam em suas comunidades.

Na publicação sobre a reunião da última quinta, a ministra reforçou a necessidade de “pensar soluções que façam bem para o nosso povo”. Janja acrescentou que o governo pretende fortalecer a saúde, gerar renda e combater a pobreza menstrual, afirmando que “fé e compromisso social se fortalecem juntos”.

Diálogo inter-religioso

Além dos compromissos com evangélicos, a agenda da primeira-dama abrange outras tradições religiosas. Um dia antes do encontro em Manaus, Janja e Anielle visitaram um terreiro de Candomblé, onde lançaram o edital “Mãe Beata Justiça Ambiental”, que gratifica iniciativas femininas contra o racismo ambiental.

Janja intensifica aproximação com mulheres evangélicas em meio a aumento da rejeição a Lula - Imagem do artigo original

Imagem: Cláudio Kbene via gazetadopovo.com.br

Estrategia do governo

Nos dois primeiros anos do mandato, o governo Lula procurou dialogar com evangélicos adotando referências religiosas e termos como “milagre”, “obra de Deus” e “ato de fé”. Em 2024, lançou o slogan “Fé no Brasil”. Naquele período, Lula chegou a dizer que sua eleição só ocorreu graças à fé dos brasileiros em um “pernambucano sem diploma universitário”.

Nos meses recentes, contudo, a pauta religiosa perdeu espaço diante de temas como a defesa da soberania nacional após críticas do então presidente norte-americano Donald Trump ao processo que investiga Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado.

Com informações de Gazeta do Povo

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