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Governo argentino nega ter recebido pedido de asilo de Jair Bolsonaro

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Fontes do governo da Argentina, chefiado pelo presidente Javier Milei, informaram nesta quarta-feira (20) à agência Reuters e à CNN Brasil que não receberam carta alguma do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitando asilo político.

A Gazeta do Povo procurou o Ministério das Relações Exteriores argentino, que ainda não se manifestou. A Embaixada da Argentina em Brasília declarou que não comentará o assunto.

Documento encontrado pela Polícia Federal

A negativa do Executivo argentino ocorre depois de a Polícia Federal (PF) afirmar ter localizado, no celular de Bolsonaro, um arquivo de texto intitulado “Carta JAIR MESSIAS BOLSONARO.docx”, dirigido a Milei. De acordo com a PF, o documento foi salvo em 26 de fevereiro de 2024, dois dias após a apreensão do passaporte do ex-presidente na Operação Tempus Veritatis.

Com 33 páginas, o arquivo conteria um pedido formal de asilo. Em um dos trechos, Bolsonaro declara temer por sua segurança e afirma estar “na iminência de ter minha prisão decretada” de forma “injusta, ilegal, arbitrária e inconstitucional pelas próprias autoridades públicas que promovem a perseguição contra mim”.

Indiciamento e defesa

Nesta mesma quarta-feira (20), a PF indiciou Jair Bolsonaro e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A corporação sustenta que ambos atuaram para obstruir as investigações e participaram de articulações que atentariam contra o Estado Democrático de Direito.

Governo argentino nega ter recebido pedido de asilo de Jair Bolsonaro - Imagem do artigo original

Imagem: ABIR SULTAN

Um dia depois, na quinta-feira (21), o advogado Paulo da Cunha Bueno afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que a carta de asilo foi apenas uma sugestão “imediatamente descartada”. Segundo ele, “a fuga nunca foi uma opção” e o ex-presidente tem comparecido a todos os atos processuais.

Até o momento, não há confirmação oficial de que o documento tenha sido efetivamente enviado ao governo argentino.

Com informações de Gazeta do Povo

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