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Eduardo Bolsonaro promete “ir às últimas consequências” para afastar Alexandre de Moraes

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Brasília – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (14/08/2025) que pretende recorrer “às últimas consequências” para retirar o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do processo que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Em entrevista à BBC Brasil, o parlamentar chamou o magistrado de “psicopata” e disse que continuará pressionando até que, segundo ele, os apoiadores de Moraes “o abandonem”.

Articulação em Washington

Eduardo Bolsonaro está em Washington, capital dos Estados Unidos, desde quarta-feira (13/08), acompanhado do jornalista Paulo Figueiredo. O objetivo da viagem é conversar com integrantes do círculo do ex-presidente norte-americano Donald Trump para defender a ampliação de sanções contra autoridades brasileiras envolvidas nos processos contra Jair Bolsonaro.

De acordo com o deputado, Trump dispõe de “diversas opções” para endurecer as punições, incluindo:

  • extensão da Lei Magnitsky, já aplicada a Moraes;
  • cassação de vistos;
  • outras restrições diplomáticas e econômicas.

Alvos adicionais

Eduardo também mencionou a possibilidade de sanções contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), caso não avancem com o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 nem com um eventual pedido de impeachment contra Moraes.

Mais cedo, Motta declarou que não há ambiente na Câmara para aprovar uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, mas admitiu discutir uma proposta restrita a participantes com menor grau de envolvimento na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Eduardo Bolsonaro promete “ir às últimas consequências” para afastar Alexandre de Moraes - Imagem do artigo original

Imagem: Bruno Spada via gazetadopovo.com.br

Críticas ao STF e investigações

Investigado pelo próprio STF por suposta coação no curso do processo, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, o parlamentar voltou a classificar o tribunal como autoritário. Ele argumentou que “a liberdade vem antes da economia” e comparou o cenário brasileiro à Venezuela.

Segundo Eduardo Bolsonaro, Moraes age “como um mafioso” e mantém o país “refém”. Para ele, o afastamento do ministro restabeleceria a harmonia entre os poderes.

Posição de Moraes

No início de agosto, ao retomar os trabalhos do STF após o recesso, Moraes afirmou que seguirá conduzindo os processos relativos à suposta tentativa de golpe, independentemente de sanções internacionais. A declaração recebeu apoio do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e do decano Gilmar Mendes.

Com informações de Gazeta do Povo

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