O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, na sessão da tarde de terça-feira, 2 de setembro, abrir processos disciplinares contra dez parlamentares, mas rejeitou pedidos de investigação que miravam o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
No total, os membros do colegiado analisaram 14 representações apresentadas por siglas da base governista e da oposição. A maior parte das queixas se refere a supostos ataques ofensivos durante audiências na Casa.
Deputados que responderão a processo
Terão de se defender no Conselho de Ética:
• André Janones (Avante-MG)
• Gustavo Gayer (PL-GO)
• Lindbergh Farias (PT-RJ)
• Gilvan da Federal (PL-ES)
• Éder Mauro (PL-PA)
• Guilherme Boulos (PSOL-SP)
• José Medeiros (PL-MT)
• Sargento Fahur (PSD-PR)
• Kim Kataguiri (União-SP)
• Célia Xakriabá (PSOL-MG)
Eduardo Bolsonaro fica fora
Quatro pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro foram protocolados, inclusive pelo PT, mas nenhum avançou. O presidente do Conselho, deputado Fábio Schiochet (União-SC), afirmou não enxergar quebra de decoro na atuação do parlamentar nos Estados Unidos.
“Eu não vi quebra de decoro na questão do deputado Eduardo Bolsonaro”, disse Schiochet à CNN Brasil, acrescentando que consideraria sua condução parcial apenas se tratasse o caso de forma diferente.

Imagem: Bruno Spada
Críticas da Presidência da Câmara
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem criticado publicamente a postura de Eduardo. À GloboNews, em agosto, classificou a situação como “indefensável” e lembrou que o regimento não prevê atuação parlamentar remota.
Motta ressaltou que Eduardo, licenciado desde março, sabia que não poderia exercer o mandato enquanto permanecesse nos Estados Unidos. O deputado paulista viajou para acompanhar investigações norte-americanas sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), julgamento iniciado também em 2 de setembro.
Os dez parlamentares alvos de processo terão prazo para apresentar defesa e poderão ser advertidos, suspensos ou até perder o mandato, dependendo do desfecho das investigações no Conselho de Ética.
Com informações de Gazeta do Povo