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Comissão do Senado posterga decisão sobre destino de documentos apresentados por ex-assessor de Moraes

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Brasília – A Comissão de Segurança Pública do Senado adiou, nesta terça-feira (9), a definição sobre o que fazer com os documentos e denúncias entregues pelo perito digital Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Parecer da Advocacia do Senado informou que parte do material está vinculada a pelo menos três inquéritos sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), o que impede sua divulgação. A consultoria ressaltou que os papéis têm “origem, natureza e conteúdo heterogêneos”, não sendo possível garantir se cada um deles está livre de restrições legais ou judiciais.

Quatro caminhos sugeridos

O parecer apresentou quatro alternativas para a comissão:

1) arquivar o conteúdo; 2) mantê-lo sob sigilo com possibilidade de reunião secreta; 3) encaminhar a documentação a órgãos competentes, como o Judiciário e o Ministério Público, nos moldes dos precedentes da Operação Spoofing; 4) apenas comunicar a existência do material a entidades com interesse legítimo, como condenados pelos atos de 8 de Janeiro, sem entregar os arquivos.

A decisão final caberá aos senadores em nova reunião, prevista para a próxima semana. O presidente do colegiado, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que a preocupação é evitar que parlamentares sejam envolvidos em investigações por eventual divulgação de dados sigilosos.

Acusações contra Alexandre de Moraes

Tagliaferro depôs por cerca de oito horas na semana passada. Ele alega possuir provas de fraude processual, manipulação de investigações e uso político de inquéritos durante a gestão de Moraes no comando do TSE nas eleições de 2022. Segundo o perito, relatórios sem valor legal teriam embasado ordens de prisão e operações da Polícia Federal contra políticos, empresários e influenciadores alinhados à direita.

O ex-assessor trabalhou no tribunal entre agosto de 2022 e maio de 2023, integrando o núcleo de inteligência e chefiando a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED).

Com informações de Gazeta do Povo

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