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CCJ do Senado aprova projeto que torna inafiançáveis crimes ligados à pedofilia

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na manhã de quarta-feira (27), proposta que elimina a possibilidade de fiança para crimes relacionados à pedofilia. O texto, apresentado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), seguirá para análise da Câmara dos Deputados, salvo recurso que leve a matéria ao plenário da própria Casa.

O parecer favorável foi elaborado pelo relator Marcio Bittar (PL-AC). Durante a sessão, Bittar classificou os delitos como “abuso covarde” e destacou que, em muitos casos, são praticados por pessoas próximas às vítimas, como pais, tutores, cuidadores e professores.

Crimes que passam a ser inafiançáveis

De acordo com o projeto, deixam de admitir fiança as seguintes condutas:

  • corrupção de menores;
  • satisfação de lascívia com criança ou adolescente;
  • favorecimento da prostituição infantil;
  • divulgação de cena de estupro contra pessoa vulnerável;
  • qualquer modalidade de pornografia infantil.

Alterações no CPP e no ECA

A proposta modifica o Código de Processo Penal (CPP) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Seis crimes previstos no ECA tornam-se inafiançáveis:

  • produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar cena de sexo explícito ou pornográfica com criança ou adolescente;
  • vender ou expor à venda material contendo essas imagens;
  • oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar registros com esse conteúdo;
  • adquirir, possuir ou armazenar esse tipo de material;
  • simular a participação de menor em cena pornográfica por meio de montagem ou alteração de imagens;
  • aliciar, assediar, instigar ou constranger criança, por qualquer meio de comunicação, com intenção de praticar ato libidinoso.

Classificação como crime hediondo

O texto ainda inclui peculato, inserção de dados falsos em sistemas, além de corrupção ativa e passiva, na lista de crimes hediondos. O relator ressaltou que todo crime sexual contra criança, adolescente ou pessoa vulnerável passa a ser inafiançável, mantendo o acusado preso até o julgamento.

Com a aprovação na CCJ, a proposta aguarda a tramitação na Câmara ou eventual recurso para votação no plenário do Senado.

Com informações de Gazeta do Povo

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