O ministro da Casa Civil, Rui Costa, pediu nesta terça-feira (26) que os titulares dos demais ministérios intensifiquem a divulgação das políticas entregues pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva e apresentem comparações diretas com as iniciativas do ex-presidente Jair Bolsonaro. A cobrança foi feita durante a segunda reunião ministerial de 2025, realizada no Palácio do Planalto.
Costa afirmou que o objetivo é “mostrar à população o antes e o depois” em diferentes áreas. “Em todos os itens, sem exceção, vamos ter resultados mais positivos”, declarou o ministro, que coordena a execução de programas e o andamento orçamentário.
Estratégia para a reta final
Com menos de um ano e meio para o fim do terceiro mandato de Lula, e em meio a sinais de que o presidente pretende disputar a reeleição em 2026, a Casa Civil apresentou a exposição “Desafios para a reta final”. O documento lista ações como Brasil sem Fome, Agora Tem Especialistas, Luz do Povo, Gás do Povo, Pé de Meia, Minha Casa, Minha Vida e indicadores econômicos, sempre acompanhados de críticas à gestão anterior.
Segundo Rui Costa, a maior parte das pastas já executa níveis elevados do orçamento. “Com a última liberação, em setembro e outubro devemos atingir patamares próximos a 100% — acima de 90% do empenho orçamentário”, afirmou.
Contexto político
A reunião foi convocada após o governo sofrer duas derrotas na CPMI do INSS, instalada no Congresso na semana passada, e enquanto os Estados Unidos pressionam pela suspensão do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
No encontro, Lula também criticou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por, segundo ele, articular sanções contra o Brasil nos EUA. O presidente chamou o parlamentar de “traidor” e defendeu que o Congresso aplique punições.

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Além da disputa eleitoral de 2026, o governo monitora o movimento de partidos aliados que estudam lançar candidaturas próprias ou apoiar nomes da oposição, como o governador Ronaldo Caiado (União-GO) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
As orientações da Casa Civil incluem viagens de ministros aos estados, participação em entrevistas presenciais ou virtuais e maior presença nas redes sociais para reforçar o contraste entre os resultados das duas administrações.
Com informações de Gazeta do Povo