O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira, 18 de agosto de 2025, em Cuiabá (MT), que não pretende deixar a Corte antes do limite constitucional de 75 anos. “Estou feliz da vida”, declarou, afastando rumores sobre uma possível aposentadoria logo após o término de seu mandato na presidência, marcado para 29 de setembro.
Com 67 anos, Barroso encerra a chefia do tribunal em pouco mais de um mês, quando o cargo passará ao ministro Edson Fachin. A partir de então, o magistrado passará a integrar a Segunda Turma do STF, composta por Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, André Mendonça e Nunes Marques. Será a primeira vez que atuará neste colegiado; de 2013 a 2023, participou da Primeira Turma.
Especulações sobre uma saída antecipada ganharam força após o ministro Gilmar Mendes mencionar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como possível indicado a uma futura vaga no Supremo. Nos bastidores, avaliava-se que a mudança de turma e a falta de proximidade de Barroso com alguns colegas poderiam motivar o afastamento voluntário, hipótese descartada pelo ministro.
Ao falar com a imprensa, Barroso também rejeitou acusações de que o país enfrentaria uma “ditadura do Judiciário”. Segundo ele, regimes ditatoriais se caracterizam por “absoluta falta de liberdade, tortura, censura, exílio ou aposentadorias compulsórias”, situações que, afirmou, não se verificam no Brasil. Para o ministro, a democracia brasileira está consolidada e a discordância faz parte do processo democrático, seja em relação ao governo, ao Supremo ou ao Congresso.
Imagem: Marcelo Camargo
Barroso é um dos oito integrantes do STF que tiveram vistos norte-americanos revogados durante a gestão de Donald Trump, medida atribuída a represálias ligadas a investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Com informações de Gazeta do Povo
