O Washington Freedom, franquia da Major League Cricket (MLC), trabalha para ter um estádio próprio em Frederick, Maryland, a cerca de 72 quilômetros de Washington, D.C., até 2026. O projeto, que ainda depende da aprovação do governo local, prevê uma arena temporária já para a próxima temporada.
Segundo o proprietário da equipe, Sanjay Govil, a construção de uma instalação provisória é o primeiro passo para viabilizar o complexo definitivo. “Queremos uma estrutura temporária funcionando no ano que vem”, afirmou o empresário. A decisão do conselho municipal sobre o licenciamento está programada para setembro. Moradores da região questionam possíveis impactos ambientais, aumento do tráfego, disponibilidade de estacionamento e efeitos sobre sítios históricos próximos.
O plano contempla um estádio multiuso com capacidade aproximada de 10 mil lugares, apto a receber também lacrosse, rúgbi e flag football. Além de sediar partidas do Freedom na MLC, a arena poderia atrair jogos internacionais. Govil disse que há interesse em trazer séries das seleções masculina e feminina dos Estados Unidos antes dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, além de duelos envolvendo equipes do Caribe, onde há forte comunidade na região de D.C., Maryland e Virgínia.
Panorama da Major League Cricket
Após três temporadas da liga, apenas o Texas Super Kings possui estádio fixo, adaptado de um antigo campo de beisebol em Dallas. O San Francisco Unicorns atuou este ano no Oakland Coliseum, mas o acordo valeu por apenas um campeonato, e o futuro da equipe naquele local segue indefinido. Além de jogos no Texas e na Califórnia, a temporada também teve partidas em Lauderhill, na Flórida, tradicional endereço do críquete internacional nos Estados Unidos.
A expectativa é que, nos próximos dois anos, não surjam novos palcos na MLC além da possível estreia de Maryland. “Acreditamos que o estádio será fundamental para desenvolver o críquete na região”, afirmou Govil.
Imagem: Tristan Lavalette via forbes.com
Desempenho em campo e expansão da marca
O Washington Freedom, campeão da MLC em 2024, ficou perto de repetir o título, mas perdeu a final deste ano para o MI New York. Apesar do bom desempenho, Govil reconhece que o clube ainda é pouco conhecido fora do nicho de torcedores. “Nosso foco inicial é manter um produto forte dentro de campo, mas também estamos trabalhando para ampliar a visibilidade da marca”, disse.
Perfil do proprietário
Nascido em Montreal e criado na Índia, Sanjay Govil mudou-se para Washington, D.C., em 2001, onde fundou a empresa de tecnologia Infinite Computer Solutions. Em 2022, tornou-se coproprietário (50%) do Welsh Fire, franquia da competição inglesa The Hundred. Ele afirma que a experiência na MLC tem sido “estressante, mas gratificante” e espera deixar um legado duradouro para o críquete na área metropolitana da capital norte-americana.
Com informações de Forbes
