Washington, 17 de agosto de 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe nesta segunda-feira (18) o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na Casa Branca para negociações consideradas decisivas sobre a guerra iniciada pela invasão russa em 2022.
Quem participa
Além de Zelenskyy, o encontro contará com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e de líderes de países aliados: Emmanuel Macron (França), Giorgia Meloni (Itália), Friedrich Merz (Alemanha), Keir Starmer (Reino Unido) e Alexander Stubb (Finlândia).
Contexto das conversas
A reunião ocorre poucos dias depois de Trump se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca. Segundo o governo norte-americano, o encontro de sexta-feira não resultou em um cessar-fogo, mas houve “grande progresso”, de acordo com Trump.
O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, disse à CNN que as discussões devem incluir a possibilidade de a Ucrânia ceder partes de seu território – questão que, segundo ele, é “fundamental” para Moscou. Witkoff ressaltou que nenhuma decisão será tomada sem a concordância de Kiev.
Concessões em debate
Autoridades norte-americanas afirmam que negociadores russos sinalizaram apoio a um futuro acordo de segurança entre Ucrânia, EUA e aliados europeus, com garantias semelhantes às do Artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte, mas sem a adesão plena de Kiev à Otan – ponto ainda visto como “linha vermelha” pelo Kremlin. Detalhes sobre esse possível compromisso não foram divulgados.
Posição ucraniana
Zelenskyy rejeita negociações que envolvam troca de território. Em mensagem publicada nas redes sociais após reuniões em Bruxelas, o presidente declarou haver “apoio claro à independência e soberania da Ucrânia” e reiterou que “fronteiras não podem ser alteradas pela força”.

Imagem: Internet
Clima entre os aliados
De acordo com agências internacionais, líderes europeus pretendem evitar a tensão observada em uma coletiva realizada em fevereiro com Trump e o vice-presidente JD Vance. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, negou preocupação e afirmou à CBS que o objetivo é “fechar um acordo de paz”, não “encenar um espetáculo”.
Território ocupado – A Rússia anexou a Crimeia em 2014 e, três anos após a invasão em larga escala, controla a maior parte das regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson.
O encontro desta segunda-feira busca destravar um possível cessar-fogo e estabelecer bases para um acordo de segurança que contemple as demandas de Moscou e garanta a integridade territorial defendida por Kiev.
Com informações de Forbes