O avanço do comércio eletrônico intensificou a busca por áreas de armazenamento próximas ao consumidor final, especialmente dentro do raio de 15 quilômetros da capital paulista. Nessa corrida pelo chamado last mile, as saídas Leste e Oeste de São Paulo concentram a maior disputa por galpões logísticos.
Oferta e preços
Levantamento da Buildings, especializada em pesquisa imobiliária corporativa, mostra que a saída Oeste reúne 75 condomínios logísticos, com estoque de 2 milhões de m², vacância de 3,2% e preço médio pedido de R$ 39,30 por m². Já a saída Leste, que engloba Guarulhos, possui 43 condomínios, totalizando 2,7 milhões de m², vacância de 8,2% e valor médio de R$ 36,60 por m².
Empresas instaladas
Na região Oeste operam 448 empresas, com média de ocupação de 5.887 m². O maior espaço pertence ao Grupo Pão de Açúcar (120.458 m²), seguido por Mercado Livre (114.260 m²), Carrefour (87.700 m²), Leo Madeiras (72.128 m²) e Pirelli (68.000 m²).
No lado Leste são 297 empresas, com média de 9.257 m². Os destaques são Mercado Livre (381.186 m²), Shein (215.452 m²), Magalu (120.000 m²), Riachuelo (103.280,5 m²) e RD Saúde (55.731,5 m²).
Construção em ritmo diferente
A atividade construtiva também difere entre as regiões: na Oeste, estão em obras 144,1 mil m²; na Leste, 732,8 mil m². Em Guarulhos, a Brookfield ergue um condomínio dentro do aeroporto com preço pedido acima de R$ 100 por m².
Guarulhos ganha protagonismo
Historicamente dominada por Cajamar, a preferência por novos desenvolvimentos migra para Guarulhos, impulsionada pela proximidade com a capital e disponibilidade de terrenos. Cajamar soma 22 condomínios prontos (2,7 milhões de m² entregues) e 684 mil m² em construção, com preço médio de R$ 26. Guarulhos possui 36 condomínios (2,4 milhões de m² entregues) e 881 mil m² em obras, com preço médio de R$ 36.
Imagem: Internet
Falta de terrenos dentro da cidade
Encontrar áreas grandes na capital é o principal desafio para incorporadoras. Entre as soluções estão a união de lotes vizinhos ou o retrofit de estruturas já existentes, como ocorreu no Goodman Jaguaré, antigo prédio de gráfica transformado em centro logístico.
Com a crescente exigência por entregas rápidas, a oferta de galpões próximos ao consumidor final deve seguir no centro das estratégias de operadores logísticos e investidores.
Com informações de InfoMoney
