A Paramount firmou um acordo de US$ 7,7 bilhões para transmitir, com exclusividade nos Estados Unidos, todos os eventos do Ultimate Fighting Championship (UFC) pelos próximos sete anos. O objetivo é reforçar o catálogo esportivo do serviço de streaming Paramount+.
O contrato prevê a exibição de 13 cards numerados — tradicionais eventos com disputas de cinturão — e outras 30 noites de lutas por temporada no Paramount+. Parte dessas atrações também ganhará espaço na emissora aberta CBS a partir de 2025.
Pelo acerto, a Paramount desembolsará em média US$ 1,1 bilhão por ano. A companhia ainda estuda negociar direitos internacionais quando eles forem disponibilizados.
Mudança no modelo de cobrança
Diferentemente do formato “pay-per-view” usado até agora, todas as lutas serão liberadas aos assinantes do Paramount+ sem custo adicional. No modelo anterior, o público precisava pagar a assinatura do ESPN+ e, em seguida, desembolsar uma taxa extra por cada evento principal, o que reduzia o alcance e incentivava a pirataria.
Concorrência acirrada
O acerto supera mais que o dobro do valor pago pela ESPN, antiga detentora dos direitos desde 2019. A emissora esportiva, que contava com janela de negociação exclusiva de 90 dias, optou por não renovar o contrato. Na sequência, Netflix, Amazon, YouTube, Warner Bros. Discovery, Fox e a própria Paramount manifestaram interesse.

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Impacto para o Paramount+
Com 77,7 milhões de assinantes ao fim de junho, o Paramount+ já exibe NFL, futebol americano universitário, golfe, futebol e basquete universitário, mas sofre com menor oferta de esportes entre abril e agosto. A inclusão do UFC garante programação ao longo de todo o ano e, segundo o novo controlador da Paramount, David Ellison, transformará a liga de artes marciais mistas no “maior esporte exclusivo de qualquer plataforma”.
As negociações foram conduzidas pelo CEO da TKO Group Holdings, Ari Emanuel, e pelo presidente Mark Shapiro. Depois de adquirir o UFC em 2016 e concluir a compra total em 2021, a Endeavor combinou o ativo à World Wrestling Entertainment (WWE) em 2023, criando a TKO, que vem aumentando a receita de direitos de mídia apesar das dificuldades para revelar novas estrelas.
Com informações de InfoMoney