A Nespresso Brasil começou a transformar a borra de café de suas cápsulas usadas em biometano. O resíduo é separado no Centro de Reciclagem da empresa em Valinhos (SP) e convertido em “gás verde”, que, na próxima etapa do projeto, será destinado à fábrica da Nestlé em Araçatuba (SP).
O desenvolvimento do programa levou cerca de um ano, período em que a companhia buscou parceiros, alinhou metas e validou o escopo técnico. O processo resultou em acordo com a Crivellaro Ambiental, responsável pela operação.
Para viabilizar a iniciativa, a logística foi adaptada: as bombonas com cápsulas agora são transportadas por veículos 100% elétricos, reforçando a proposta de baixa emissão de carbono.
Com investimento anual superior a R$ 2 milhões — valor que pode aumentar conforme o volume reciclado —, a Nespresso prevê converter entre 750 e 850 toneladas de borra por ano em biometano. Segundo a empresa, a produção tem potencial de evitar aproximadamente 857 toneladas de CO₂, seja pela substituição de combustíveis fósseis, seja pela prevenção da liberação de metano em aterros sanitários.
Separação de materiais
Cada cápsula devolvida é aberta para separar alumínio e borra. Enquanto o café vira biometano, o alumínio retorna à indústria siderúrgica. O metal também abastece projetos de upcycling, como a parceria com a Natura — que já converteu mais de 2 toneladas de cápsulas em embalagens da linha Ekos Castanha — e a cenografia natalina do Shopping Pátio Paulista, montada com mais de 50 mil cápsulas usadas, posteriormente reinseridas na cadeia de reciclagem.
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Pontos de coleta e logística reversa
No Brasil, a marca disponibiliza mais de 400 pontos físicos de coleta, 34 boutiques e serviço gratuito de logística reversa via Correios, que atende todo o território nacional. Para o segmento corporativo, há um sistema exclusivo de recolhimento em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Empresas que consomem mais de 5 mil cápsulas por mês têm à disposição o serviço personalizado “Recycling Car”.
De acordo com a companhia, a meta é garantir destino correto a todo o volume de cápsulas comercializado no país, contando com a participação crescente dos consumidores no processo de circularidade.
Com informações de InfoMoney
