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Especialistas debatem uso de instruções personalizadas para transformar IA em apoio terapêutico

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A introdução do “Study Mode” no ChatGPT, anunciada pela OpenAI em 29 de julho de 2025, estimulou psicólogos e profissionais de saúde mental a discutir se a mesma estratégia de custom instructions pode ser aplicada à terapia. O tema foi detalhado pelo cientista de IA Lance B. Eliot em coluna publicada em 17 de agosto de 2025 na Forbes.

Segundo Eliot, o novo modo de estudo do ChatGPT foi criado sem alterar o núcleo do modelo. A funcionalidade baseia-se em instruções detalhadas elaboradas com apoio de professores, cientistas e especialistas em pedagogia para conduzir o usuário por perguntas orientadoras, ajustar respostas ao nível de conhecimento do estudante e fornecer feedback personalizado.

Como funcionam as instruções personalizadas

As custom instructions permitem que o usuário defina diretrizes globais para todas as conversas com a IA. Eliot destaca que esse recurso pode ser tão simples quanto solicitar respostas em forma de poema ou tão complexo quanto estabelecer critérios extensos de comportamento. No entanto, ressalta riscos como interpretações equivocadas e dificuldades de desativação caso o comando não seja devidamente configurado.

Aplicação no campo da saúde mental

A possibilidade de reunir psicólogos, psiquiatras e terapeutas para criar um “Therapy Mode” atrai interesse, mas também levanta preocupações. Para Eliot, a dimensão e a sensibilidade do tema tornam improvável que um conjunto único de instruções consiga cobrir todo o espectro de necessidades clínicas sem gerar lacunas ou mal-entendidos.

O colunista lembra que já existem applets de IA voltados à saúde mental baseados em instruções personalizadas. Alguns foram desenvolvidos por profissionais licenciados, enquanto outros apresentam conteúdo superficial ou até fraudulento, expondo usuários a riscos de privacidade e informações incorretas.

Especialistas debatem uso de instruções personalizadas para transformar IA em apoio terapêutico - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

Limitações e alternativas

Eliot argumenta que, embora instruções customizadas possam melhorar a interação de um modelo genérico, elas também podem piorá-la se mal elaboradas. O autor defende o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem projetados desde o início para a prática terapêutica, em vez de adaptações pontuais em sistemas já existentes.

Apesar do potencial demonstrado pelo Study Mode na educação, Eliot conclui que a saúde mental exige abordagens mais robustas e específicas, indicando que a simples aplicação de custom instructions pode não ser suficiente para garantir segurança e eficácia.

Com informações de Forbes

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