O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul informou nesta quarta-feira (10) que negocia com autoridades norte-americanas a liberação de um avião fretado que deveria repatriar centenas de trabalhadores sul-coreanos detidos na Geórgia. A aeronave estava programada para partir hoje, mas a decolagem foi suspensa pelos Estados Unidos, que não apresentaram justificativa, segundo o governo de Seul.
Detenção em massa
Em 4 de setembro, uma operação de imigração na fábrica de baterias da Hyundai, na Geórgia, resultou na prisão de 475 trabalhadores. Mais de 300 deles são cidadãos sul-coreanos, o que gerou forte reação em Seul, aliado histórico de Washington.
Acordo para saída voluntária
No fim de semana, o governo sul-coreano anunciou ter chegado a um entendimento com as autoridades norte-americanas para a liberação dos detidos. Eles permanecem em um centro de detenção na Geórgia e devem ser transferidos para Atlanta, onde embarcariam no voo fretado. A estratégia de saída voluntária busca evitar a deportação formal, que poderia impedir o retorno dos trabalhadores aos EUA por até dez anos.
Questões de visto
Autoridades dos EUA afirmam que parte dos trabalhadores entrou no país ilegalmente e outros permaneceram com vistos vencidos. Há anos, empresas sul-coreanas utilizam vistos de curta duração para enviar funcionários a fábricas nos Estados Unidos, prática até então tolerada.

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Especialistas e representantes do governo de Seul vêm pressionando Washington pela criação de um novo tipo de visto para trabalhadores qualificados, demanda que ainda não foi atendida.
Com informações de InfoMoney