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Empréstimo lastreado em ações fortalece participação do CEO da Klarna após IPO bilionário

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São Paulo – Sebastian Siemiatkowski, presidente-executivo e cofundador da Klarna, usou ações da própria fintech como garantia para obter um empréstimo de US$ 112 milhões antes da abertura de capital realizada na quarta-feira (10), segundo pessoa com conhecimento direto do assunto.

O financiamento, concedido no mês passado pelo banco sueco SEB, foi respaldado por aproximadamente US$ 980 milhões em papéis da Klarna, o que resultou em índice de alavancagem de cerca de 10%. Os recursos serviram para que o executivo de 43 anos comprasse a participação de outro investidor em uma empresa de propósito específico (SPV) que já controlava e que detém ações da companhia.

Desde o início das negociações na Bolsa de Nova York, o valor da fatia de Siemiatkowski subiu mais de US$ 65 milhões, calculou a Bloomberg. Mesmo com queda de 6,7% nas ações na quinta-feira (11), depois de alta próxima de 15% na estreia, o executivo passou a deter mais de US$ 1 bilhão em ações da Klarna (KLAR).

Disputas internas antes da listagem

A dimensão da participação de Siemiatkowski foi tema de divergências com o cofundador Victor Jacobsson nos meses que antecederam o IPO. Durante 2024, os dois discutiram questões de governança, incluindo formato de listagem e poder de voto do CEO após a oferta. Três semanas antes do pedido de registro, acionistas aprovaram a saída do conselheiro Mikael Walther, representante dos interesses de Jacobsson, após questionamentos internos.

Estrutura acionária pós-IPO

Documentos regulatórios indicam que, após a oferta, a Sequoia Capital deverá concentrar cerca de 22% dos direitos de voto. O bilionário dinamarquês Anders Holch Povlsen, dono da varejista Bestseller, ficará com 8,9%; Jacobsson, com 8,8%; e Siemiatkowski, com 7,4%. A Klarna e seus acionistas levantaram US$ 1,37 bilhão na emissão, que registrou forte demanda.

Recursos sem abrir mão de participação

O uso de ações como colateral permite a executivos acessar liquidez sem vender ativos principais. Embora a prática ofereça agilidade aos bancos — que podem verificar o valor das garantias instantaneamente —, também expõe o tomador a eventuais chamadas de margem caso os papéis se desvalorizem.

Agenda pública

Em Nova York, Siemiatkowski transmitiu ao vivo a cerimônia de toque do sino na NYSE usando óculos inteligentes da Meta. Um dia antes, visitou Bentonville, Arkansas, onde conheceu o túmulo de Sam Walton, fundador do Walmart — varejista que passou a oferecer o serviço “compre agora, pague depois” da Klarna aos clientes.

Fundada em Estocolmo, a Klarna se destacou no segmento “Buy Now, Pay Later” durante o boom do comércio eletrônico na pandemia e, mais recentemente, expandiu o portfólio para contas bancárias, cartões de crédito e serviços de poupança.

Com informações de InfoMoney

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