WASHINGTON (10 de agosto de 2025) – O colaborador da revista Forbes, John Tamny, defendeu que a decisão do Federal Reserve (Fed) de remunerar bancos por manterem reservas na autoridade monetária não tem impacto real sobre a inflação.
Em artigo publicado nesta segunda-feira, Tamny sustenta que a inflação ocorre exclusivamente quando há perda de poder de compra da moeda, algo que, segundo ele, não faz parte das ferramentas de política do banco central norte-americano. “O valor de troca do dólar nunca integrou o portfólio de ações do Fed”, escreveu.
O analista também rechaça a ideia de que restringir empréstimos — ao incentivar instituições financeiras a “estacionar” recursos no Fed — possa conter altas de preços. Para ele, crédito acompanha a produção econômica e não é determinado por decreto de autoridades monetárias. “Indivíduos, empresas e governos tomam dinheiro emprestado para transformá-lo em bens e serviços”, afirmou.
Tamny acrescenta que a relação entre crescimento econômico e inflação seria mal compreendida. Na visão do autor, maior produtividade, impulsionada por inovações como inteligência artificial, tende a reduzir custos e, portanto, a derrubar preços ao consumidor. “O sinal mais claro de expansão é a queda generalizada de preços”, observou.
O artigo faz referência à entrevista coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, realizada em 13 de dezembro de 2023, quando a instituição manteve as taxas básicas de juros inalteradas. Para Tamny, porém, o foco de parte dos economistas na remuneração das reservas evidencia “falácias sobre falácias”, pois o verdadeiro motor da demanda é a produção.

Imagem: forbes.com
Concluindo, o autor classifica como “irrelevante” a estratégia de pagar juros sobre reservas para conter a inflação, argumentando que bancos representam uma parcela decrescente do crédito global e que tais operações não influenciam o ritmo de crescimento da economia dos Estados Unidos.
Com informações de Forbes