Um levantamento realizado pelo jornalista Mat Issa mostra que a quantidade de contratos máximos distribuídos pelas franquias da NBA supera, com folga, o número de atletas que realmente entregam desempenho compatível com esse nível salarial.
Como o cálculo foi feito
Issa partiu do teto salarial de US$ 140,6 milhões da temporada 2024-25. Dividindo esse valor por 41 vitórias – marca teórica de uma equipe mediana –, o estudo fixou em US$ 3,4 milhões o preço de cada triunfo na fase regular.
Na mesma temporada, o contrato máximo de 30% do teto correspondia a US$ 42,2 milhões. Ao dividir essa quantia pelo valor de cada vitória, chegou-se a 12,4 vitórias como patamar mínimo para justificar um vínculo máximo.
Números da temporada 2024-25
Dados do site Dunks & Threes indicam que apenas sete jogadores ultrapassaram 12,4 vitórias na campanha 2024-25, enquanto 24 atletas receberam pelo menos 30% do limite salarial, evidenciando a disparidade.
Série histórica de 2012-13 a 2024-25
O jornalista repetiu o cálculo para cada temporada a partir de 2012-13 e identificou dois períodos distintos:
- 2019-25: média de 17,7 contratos máximos por ano, com apenas 7,7 jogadores merecendo esse nível de remuneração.
- 2012-19: média de oito contratos máximos anuais, diante de 14,3 atletas que entregavam produção equivalente.
Razões apontadas
Segundo Issa, o histórico de contratos funciona como referência nas negociações: quando um jogador de calibre semelhante recebeu o máximo, agentes usam o precedente para exigir o mesmo valor, ainda que o rendimento não atinja o padrão esperado.

Imagem: forbes.com
O autor sugere que fatores como load management – estratégia que reduz minutos e jogos dos atletas – e o aumento de lesões podem ter diminuído a quantidade de perfis realmente dignos do investimento total permitido pelas regras da liga.
Conclusão do levantamento
O estudo indica que, atualmente, a NBA enfrenta um excesso de contratos máximos em relação ao número de jogadores com desempenho equiparável, situação que pressiona as finanças das equipes e reforça a necessidade de maior cautela na concessão desses acordos.
Com informações de Forbes