A necessidade de estruturas institucionais para operações com ativos digitais e câmbio estrangeiro no Brasil está crescendo de forma acelerada, segundo John Murillo, chief business officer da B2Broker. A companhia, que fornece soluções de liquidez, negociação e processamento de pagamentos, acaba de anunciar seu plano de expansão para a América Latina.
“O Brasil é um mercado à parte dentro da região, com exigências próprias e controles de capitais que o tornam mais complexo”, disse Murillo em entrevista. De acordo com o executivo, family offices, gestoras de recursos e bancos regionais têm buscado serviços white label para negociar criptomoedas, acessar liquidez internacional e realizar pagamentos lastreados em criptoativos.
Atualmente, a B2Broker registra movimentação mensal superior a US$ 500 bilhões em contratos de CFDs e processa cerca de US$ 100 milhões por dia em pagamentos via criptomoedas. Para Murillo, parte dessa demanda é impulsionada pelo interesse em stablecoins, utilizadas como proteção contra a volatilidade cambial. “Nossa plataforma oferece suporte a 17 blockchains de USDT, enquanto a Binance, por exemplo, trabalha com seis”, comparou.
O executivo avalia que a adoção de criptoativos no país ocorre mais rápido do que em outras localidades, estimulada por fatores macroeconômicos e pela crescente digitalização de serviços financeiros. Ele ressalta, no entanto, que qualquer operação estrangeira precisa estar alinhada à legislação brasileira. “Estamos analisando, com nosso departamento jurídico, a melhor forma de estabelecer presença no Brasil”, afirmou.
No plano geral de expansão, a B2Broker pretende abrir escritórios em El Salvador e no México até o primeiro trimestre de 2026. Embora ainda sem data definida, o Brasil é apontado pela empresa como uma das principais prioridades na América Latina.

Imagem: Internet
Fundada em 2014, a B2Broker opera em 11 países e mantém hubs em Londres, Limassol, Hong Kong e Dubai.
Com informações de InfoMoney