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Cooxupé reforça diálogo com Starbucks nos EUA e mira novos compradores na Ásia diante do tarifaço

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A Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, intensificou o contato direto com clientes norte-americanos — entre eles a rede Starbucks — enquanto prepara uma missão comercial à Ásia para diversificar destinos de venda em meio ao chamado “tarifaço” sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos.

O presidente da cooperativa, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, informou a estratégia ao encerrar a 7ª edição do Fórum Café e Clima, realizada na quinta-feira (14). “Divergência se resolve conversando. Não pode haver inércia em temas fortes como esse”, afirmou aos produtores.

Estados Unidos continuam no radar

Em 2023, os EUA consumiram 25 milhões de sacas de café; desse volume, 8,1 milhões foram embarcadas pelo Brasil. A Cooxupé respondeu por 1,5 milhão a 1,8 milhão de sacas. Melo garantiu que o fornecimento para o mercado norte-americano será mantido, mas ressaltou que a cooperativa tomará providências caso as tarifas prejudiquem os negócios.

Missão comercial à Ásia

Nas próximas semanas, uma delegação da Cooxupé visitará a China e outros países asiáticos para buscar novos compradores. O objetivo é aproveitar o crescimento do consumo na região e reduzir a dependência do mercado norte-americano.

Impacto econômico para produtores

O vice-presidente Osvaldo Bachião Filho observou que o consumidor dos EUA ainda não percebeu a alta de preços porque consome café adquirido em maio. “Para nós, produtores de arábica, o impacto será certo, pois é difícil encontrar outro cliente que pague o mesmo valor, e em dia, como o americano”, explicou.

Clima deve favorecer a próxima safra

O agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima, projeta um La Niña de baixa intensidade na próxima safra. Segundo ele, o inverno de 2024 apresenta frio dentro da normalidade e sem déficit hídrico. As chuvas devem começar entre 10 e 20 de setembro e permanecer regulares, favorecendo a granação do café.

Santos alerta, contudo, para o risco de geadas e tempestades de granizo entre setembro e outubro. Para 2026, ele prevê o retorno do fenômeno El Niño, que costuma elevar temperaturas no outono e no inverno. Questionado sobre qual cenário climático prefere, o especialista optou pelo La Niña, por normalmente resultar em maiores safras brasileiras.

Com informações de InfoMoney

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