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Governo Maduro diz estar em alerta máximo diante de operação naval dos EUA

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Diosdado Cabello, ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela e considerado o segundo nome mais forte do chavismo, afirmou na quarta-feira (27) que o país entrou em “alerta máximo” frente à movimentação de navios militares dos Estados Unidos no Caribe, nas proximidades do litoral venezuelano.

Durante o programa televisivo Con el mazo dando, exibido pela estatal VTV, Cabello declarou que o governo de Nicolás Maduro acompanha atentamente as ações norte-americanas. “Não subestimamos nenhuma ameaça. Também não a superestimamos nem a ignoramos. Preparamo-nos sempre para o pior”, disse.

Operação contra o narcotráfico

Washington anunciou o envio adicional de embarcações de guerra para reforçar uma operação regional de combate ao narcotráfico. O alvo principal, segundo a Casa Branca, é o Cartel de los Soles, grupo que os EUA associam a altos oficiais chavistas e apontam como liderado por Maduro. Caracas nega as acusações e classifica a iniciativa norte-americana como ameaça à paz e à segurança na região.

Na mesma semana, o governo venezuelano apelou ao Tratado de Tlatelolco, de 1967, que estabelece a América Latina como zona livre de armas nucleares, alegando que os EUA estariam enviando um submarino nuclear junto ao destacamento naval.

Mobilização da milícia

Cabello também exaltou a recente chamada para alistamento na Milícia Nacional Bolivariana, realizada no último fim de semana. Segundo ele, “se desbordou por todos os lados” com adesão voluntária da população. Relatos de opositores e veículos estrangeiros, como a CNN, contestam a versão oficial e afirmam que diversos pontos de inscrição permaneceram vazios, enquanto outros contaram com a presença de servidores públicos e cidadãos em situação vulnerável, convocados sob pressão.

Em resposta às críticas, Cabello acusou a líder opositora María Corina Machado de “montar uma ficção” para minimizar a mobilização. “Enquanto eles seguem se enganando, nós continuaremos avançando”, declarou.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, confirmou que o recrutamento continuará nos próximos dias em mais de mil locais espalhados pelo país, como parte da estratégia que o chavismo apresenta como defesa diante da ameaça norte-americana.

Recompensa ampliada

O governo de Donald Trump elevou no início do mês para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro. O líder venezuelano é acusado pela Justiça dos EUA de chefiar um esquema estatal de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Com informações de Gazeta do Povo

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