O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em 6 de setembro de 2025, no Truth Social, uma montagem inspirada no filme “Apocalypse Now” (1979) para ironizar as deportações de imigrantes. Na imagem, o mandatário aparece no lugar do tenente-coronel Bill Kilgore, personagem vivido por Robert Duvall, ao lado da frase “I love the smell of deportations in the morning” (“Eu adoro o cheiro de deportações pela manhã”).
Além do meme, Trump escreveu que Chicago “está prestes a descobrir por que se chama Departamento de Guerra”, aludindo à ordem executiva que trocou a denominação do Departamento de Defesa para Departamento de Guerra. A publicação foi reproduzida pela Casa Branca no X (antigo Twitter) acompanhada de emojis de helicópteros.
Governador reage
No X, o governador de Illinois, JB Pritzker, criticou a mensagem: “O presidente está ameaçando entrar em guerra com uma cidade americana. Isso não é uma piada. Isso não é normal”. Ele acrescentou que Trump “não é um homem forte, é um homem medroso” e que Illinois “não se deixará intimidar por um aspirante a ditador”. O democrata é citado como possível candidato à Presidência em 2028.
Ação judicial contra Illinois
No mesmo dia 6, o governo Trump ingressou na Justiça contra autoridades estaduais e locais por restringirem a cooperação com agentes federais de imigração. O processo argumenta que leis de Illinois, da cidade de Chicago e do Condado de Cook dificultam deliberadamente o trabalho das equipes federais, violando a Cláusula de Supremacia da Constituição dos EUA.
Chicago é considerada cidade-santuário, classificação dada a municípios que limitam o apoio a operações federais voltadas a imigrantes em situação irregular. Illinois e sua maior cidade são administrados pelo Partido Democrata, de oposição ao presidente.
Imagem: Reprodução
Política migratória
Durante a campanha, Trump prometeu deportar todos os cerca de 11 milhões de imigrantes em situação irregular no país. Desde a posse, em 20 de janeiro, o republicano emitiu diversas ordens executivas nessa área, entre elas uma que revoga o direito de cidadania para crianças nascidas em território americano de pais não cidadãos ou residentes permanentes. A medida está suspensa por duas liminares.
Com informações de Gazeta do Povo
