O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniu-se nesta segunda-feira (18) na Casa Branca com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, líderes europeus e representantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para tratar de garantias de segurança à Ucrânia e de possíveis caminhos para encerrar o conflito com a Rússia.
Após o encontro, Trump informou na rede Truth Social que conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, e deu início à organização de uma reunião presencial entre Putin e Zelensky, em local ainda indefinido. De acordo com o mandatário norte-americano, a ideia é realizar, em seguida, uma segunda conversa em formato trilateral que inclua os dois líderes e ele próprio.
“Discutimos garantias de segurança para a Ucrânia, a serem oferecidas por vários países europeus em coordenação com os Estados Unidos. Todos estão muito satisfeitos com a perspectiva de paz”, escreveu o presidente.
Compromisso de apoio
Antes da reunião ampliada no Salão Leste, Trump recebeu Zelensky no Salão Oval e afirmou que haverá “muita ajuda” para viabilizar garantias de segurança caso a guerra seja interrompida. Questionado sobre o eventual envio de tropas dos EUA para monitorar um cessar-fogo, respondeu que mais detalhes poderiam ser divulgados ainda neste mesmo dia.
Reação europeia
No encontro com a imprensa presente, alguns chefes de governo europeus saudaram a iniciativa norte-americana. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou que “se quisermos alcançar a paz e garantir justiça, devemos agir unidos”. Já o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, classificou a disposição de Washington em participar das garantias de segurança como “um grande avanço”.
Mecanismo semelhante ao Artigo 5
Os participantes discutiram a criação de um dispositivo inspirado no Artigo 5 da Otan, pelo qual um ataque contra a Ucrânia seria tratado como agressão a todos os países garantidores, obrigando reação conjunta. Segundo o enviado especial de Trump para o conflito, Steve Witkoff, o tema já havia sido abordado na cúpula realizada no Alasca na sexta-feira (15), quando o presidente norte-americano e Putin se encontraram.
Imagem: AAR SCHWARTZ
Resistência russa ao envio de tropas
Embora as garantias de segurança ganhem apoio, o eventual envio de forças de paz internacionais permanece incerto. Nesta segunda-feira, o Kremlin reiterou oposição à presença de militares da Otan na Ucrânia com essa finalidade.
As tratativas seguem enquanto o conflito, iniciado há quase quatro anos, continua sem previsão de término.
Com informações de Gazeta do Povo
