O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fixou nesta sexta-feira, 22 de agosto de 2025, um prazo de duas semanas para que o líder russo Vladimir Putin negocie diretamente com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky o fim da guerra entre os dois países.
A declaração foi feita no Salão Oval da Casa Branca, durante recepção ao presidente da Fifa, Gianni Infantino. Segundo a CNN e o jornal The Hill, Trump surpreendeu os jornalistas ao retirar de uma gaveta uma foto do encontro que teve com Putin no Alasca, em 15 de agosto, dizendo que a imagem havia sido enviada pelo Kremlin.
“Recebi há pouco uma foto de alguém que quer muito estar aqui. Ele foi muito respeitoso comigo e com nosso país, mas nem tanto com os demais. Vou autografar e devolver”, afirmou o presidente, exibindo a imagem. Trump acrescentou que a ida de Putin à Casa Branca dependerá “do que acontecer nas próximas duas semanas”.
Questionado por uma repórter da CNN sobre as providências que tomará caso o chefe do Kremlin não avance nas negociações, o republicano respondeu: “Veremos. Vou avaliar de quem é a culpa”. Ele voltou a dizer que “saberá em duas semanas” qual medida adotar se não houver progresso.
Antecedentes de pressão
Em julho, Trump já havia reduzido de 50 para 10 dias o prazo para Moscou aceitar um cessar-fogo, ameaçando impor tarifa de 100% sobre produtos russos e a mesma alíquota a países que continuassem comprando da Rússia.
No próprio dia 8 de agosto, quando o ultimato venceria, o presidente anunciou que se reuniria com Putin no Alasca uma semana depois. O encontro de 15 de agosto durou duas horas e meia; as partes o classificaram como “produtivo”, porém sem anúncio de cessar-fogo.

Imagem: ANNABELLE GORD
Três dias depois, em 18 de agosto, Trump recebeu Zelensky, além de líderes europeus e da Otan, na Casa Branca. Na ocasião, prometeu marcar uma reunião direta entre o ucraniano e o russo, proposta que o Kremlin vem contestando.
Ao comentar a dificuldade de aproximar os dois presidentes, Trump comparou o relacionamento entre eles a “azeite e vinagre”, expressão equivalente a “água e óleo”, justificando que ambos “não se dão bem por razões óbvias”.
Com informações de Gazeta do Povo