A Casa Branca deu início a uma avaliação ampla das mostras e dos materiais exibidos pela Instituição Smithsonian, responsável por alguns dos principais museus públicos dos Estados Unidos. A iniciativa cumpre decreto do presidente Donald Trump, assinado em 2025, que determina que espaços financiados com recursos federais apresentem uma versão “unificadora e precisa” da história do país, livre de “tendências ideológicas divisivas”.
O pedido chegou em carta encaminhada ao secretário do Smithsonian, Lonnie Bunch III, divulgada nesta terça-feira (12). O documento exige que oito museus localizados em Washington, D.C. — entre eles o Museu Nacional de História Americana, o Museu Nacional de História Natural e a Galeria Nacional de Retratos — integrem a primeira etapa do processo.
Cada instituição terá 30 dias para entregar um inventário completo das exposições atuais e planejadas, além de orçamentos, diretrizes internas e a programação prevista para o 250º aniversário dos EUA. Equipes do governo também farão visitas presenciais e entrevistarão curadores. Em até 120 dias, os museus deverão iniciar ajustes no conteúdo considerado inadequado, substituindo termos avaliados como ideologicamente enviesados por descrições julgadas historicamente corretas.
Em nota, a direção do Smithsonian informou que analisará o pedido e reiterou o compromisso da rede com “excelência acadêmica, pesquisa rigorosa e apresentação factual da história”, acrescentando que pretende colaborar de forma construtiva com a Casa Branca, o Congresso e o Conselho de Regentes.

Imagem: WILL OLIVER via gazetadopovo.com.br
Com 21 instituições e o Zoológico Nacional, o complexo Smithsonian é o maior do mundo em seu segmento e recebe cerca de 17 milhões de visitantes por ano, com entrada gratuita na maioria de seus museus.
Com informações de Gazeta do Povo