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Perfil de Israel Katz, o ministro da Defesa de Israel que acusou Lula de antissemitismo

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Israel Katz, 69 anos, atual ministro da Defesa de Israel e integrante de destaque no gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, voltou aos holofotes no Brasil nesta terça-feira (26) ao afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “revelou sua verdadeira face como antissemita declarado e apoiador do Hamas” depois de o governo brasileiro decidir sair da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA).

Confrontos com Lula

Essa não foi a primeira vez que Katz mirou o líder brasileiro. Em fevereiro do ano passado, ele declarou Lula persona non grata em Israel após o petista comparar a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto.

Origem e carreira militar

Filho de judeus romenos que sobreviveram ao Holocausto, Katz serviu nas Forças de Defesa de Israel de 1973 a 1977. Na Brigada de Paraquedistas, atuou como soldado, comandante de esquadrão e líder de pelotão.

Formação acadêmica

Concluiu bacharelado e mestrado em artes na Universidade Hebraica de Jerusalém, onde liderou o movimento estudantil. Foi suspenso por um ano após participar de um protesto contra a violência árabe que trancou o então reitor Raphael Mechoulam em seu gabinete.

Trajetória política

Membro do partido de direita Likud, Katz tornou-se deputado no Knesset em 1998. Desde então, chefiou vários ministérios: Agricultura, Transportes, Inteligência, Finanças, Energia e Infraestrutura e, por duas ocasiões, o das Relações Exteriores.

Funções durante a guerra contra o Hamas

Quando o Hamas atacou Israel em outubro de 2023, Katz ocupava a pasta de Energia e Infraestrutura. Em janeiro de 2024, retornou ao Ministério das Relações Exteriores. Em novembro do mesmo ano, assumiu a Defesa, sucedendo Yoav Gallant, após desentendimentos entre Gallant e Netanyahu sobre a condução da guerra.

Posicionamentos contundentes

Katz é conhecido por declarações duras contra líderes estrangeiros. Em 2014, como ministro dos Transportes, respondeu ao então premiê turco Recep Tayyip Erdogan, que acusara Israel de genocídio em Gaza: “Em 1915, os turcos massacraram 1,5 milhão de armênios e ele nos acusa de genocídio?” publicou em sua página no Facebook.

Em outubro do ano passado, ainda chanceler, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, persona non grata em Israel, alegando que o português não condenara de forma inequívoca um ataque iraniano contra alvos israelenses ocorrido no dia anterior. Pela rede social X, acusou Guterres de apoiar “terroristas, estupradores e assassinos do Hamas, Hezbollah, houthis e agora do Irã”.

Independentemente da pasta que ocupa, Katz mantém o mesmo tom ao rebater críticas à política de segurança israelense.

Com informações de Gazeta do Povo

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